2006-11-25 19:32:44

SECRETÁRIO VATICANO DIZ QUE SANTA SÉ NÃO É CONTRA A ENTRADA DA TURQUIA NA UE


Cidade do Vaticano, 25 nov (RV) - "Estou certo de que a sociedade turca (…) não deixará de demonstrar mais uma vez o seu tradicional acolhimento" ao papa, "peregrino de paz e de diálogo, que vai a este país seguindo as pegadas de seus predecessores Paulo VI e João Paulo II, e em memória do bem-aventurado João XXIII". Foi o que afirmou o secretário vaticano para as relações com os Estados, o arcebispo Dominique Mamberti, numa entrevista ao diário católico "Avvenire", que será publicada na edição deste domingo.

Diante de episódios "que poderiam suscitar algum compreensível temor _ ressalta o prelado _, a Santa Sé já reagiu no sentido de não amplificá-los além da sua consistência real. Por outro lado _ observou ele _ estou certo de que as autoridades civis predispuseram tudo o que é necessário para garantir a segurança e uma tranqüila realização da visita".

Em relação à influência que poderia ter sobre o êxito da viagem o discurso do Papa em Regensburgo, na Alemanha, dom Mamberti falou, sim, de uma influência, mas positiva, porque Bento XVI "poderá renovar aquilo que já disse, esclarecendo o seu pensamento acerca da estima em relação aos muçulmanos, a vontade do diálogo _ que não é momentâneo _, a possibilidade de colaboração a serviço do homem e da sua causa, superando incompreensões e mal-entendidos".

Por fim, em relação à questão da adesão da Turquia à União Européia, dom Mamberti ressaltou que não existe uma posição "oficial" da Santa Sé a esse respeito. A Sé apostólica _ afirmou ele _ "acompanha com grande interesse a questão e ressalta que o debate há tempo em curso e as posições manifestadas a favor ou contra a admissão da Turquia na União Européia expressam que o que está em jogo é de extrema relevância".

"É claro _ concluiu o secretário vaticano para as relações com os Estados _, a Santa Sé considera que, em todo caso, o país deve responder a todos os critérios políticos estabelecidos na Cúpula de Copenhague, na Dinamarca, de dezembro de 2002 e, no que concerne mais especificamente à liberdade religiosa, às recomendações contidas na decisão relativa aos princípios, às prioridades e às condições contidas no acordo para a adesão da Turquia de 23 de janeiro de 2006." (RL)








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