2006-11-25 13:01:10

Papa recebe pessoal dos Museus do Vaticano: arte sintetiza Evangelho e Cultura


( 24/11/2006) Continua a crescer o número de visitantes dos Museus do Vaticano, “extraordinário santuário de arte e de fé”, que propõe “um concentrado de teologia através de imagens”. Em 2005 foram mais de 3 milhões e 800 mil e em 2006 superaram já os 4 milhões. Dados sublinhados com satisfação por Bento XVI, recebendo em audiência, nesta quinta-feira ao fim da tarde, o pessoal ligado aos Museus do Vaticano.
O Papa sublinhou a “extraordinário responsabilidade que esta instituição assume do ponto de vista da mensagem cristã”. Até porque, muitíssimos dos visitantes são não-católicos nem não-cristãos e porventura mesmo não-crentes.

“Ad augendam Urbis splendorem et asserendam Religionis veritatem” (“para promover o esplendor de Roma e afirmar a verdade da Religião cristã”): é a afirmação contida numa lápide que desde meados do século XVIII encima a entrada destes Museus. O Papa recordou que foi o seu antecessor Bento XIV a mandar ali colocar esta significativa inscrição para reafirmar que “abordando a verdade cristã mediante a expressão artística ou histórica cultural, há mais hipóteses de falar à inteligência e à sensibilidade de pessoas que não pertencem à Igreja Católica e que porventura nutrem em relação a ela preconceitos e desconfianças”.
Para o Papa Ratzinger, há também uma outra verdade no “código genético” dos Museus do Vaticanos, criados a partir da colecção inicial promovida há 500 anos pelo Papa Júlio II:


“A grande civilização clássica e a civilização judaico-cristã não se opõem entre si, mas convergem no único plano de Deus, Demonstra-o o facto que a origem remota desta instituição remonta a uma obra que bem podemos qualificar de profana – o magnífico grupo escultórico de Laocoonte, mas que na realidade, inserida no contexto do Vaticano, adquire a sua mais autêntica e plena luz.
É a luz da criatura humana plasmada por Deus, da liberdade no drama da sua redenção, entre o céu e a terra, entre carne e espírito. É a luz de uma beleza que irradia do interior da obra artística e conduz o espírito a abrir-se ao sublime, ali onde o Criador se encontra com a criatura feita à sua imagem e semelhança”.
“O Museu mostra verdadeiramente uma contínuo inter-acção entre Cristianismo e cultura, entre fé e arte, entre divino e humano. E a Capela Sistina constitui, neste aspecto, um vértice insuperável”.








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