Berlim, 24 nov (RV) - Na Alemanha, diante de uma contínua tendência de diminuição
de igrejas cristãs, registra-se a multiplicação do número de mesquitas e centros de
cultura muçulmanos.
"Cada vez menos igrejas, e mais mesquitas" _ intitula hoje,
com um certo alarme, o cotidiano Bild, segundo o qual 'centenas de igrejas cristãs
estão para ser vendidas ou demolidas'. Os motivos principais, estritamente relacionados
entre si, são, por um lado, a crise religiosa, e a contínua redução do número de fiéis
que vão à igreja; e por outro, a conseqüente redução das verbas arrecadadas com o
pagamento do 'imposto religioso'.
Todos os alemães batizados, católicos e protestantes,
pagam uma taxa de 1% de seus salários, automaticamente detraída do contra-cheque,
como quota de contribuição para a própria igreja. Este dinheiro vai diretamente para
a diocese de pertença. Quem não concorda em pagar, deve pedir formalmente a exclusão
dos registros da Igreja.
Já o Islamismo tem tido um crescimento surpreendente.
Segundo o jornal _ que cita um estudo da Dresdner Bank _ nos últimos dois anos, o
número de mesquitas de grandes dimensões, com cúpulas e minaretes, aumentou de 141
a 159. Outras 128 mesquitas estão atualmente em construção. No total, existem cerca
de 2.300 mesquitas pequenas e grandes, e centros culturais islâmicos no país. Dos
cerca de 7 milhões de imigrantes residentes na Alemanha, quase a metade são de religião
muçulmana. Os mais numerosos são os turcos (cerca de 2 milhões e meio). (CM)