PAPA NO ANGELUS: MOSTEIROS DE CLAUSURA SÃO PULMÕES VERDES NAS CIDADES
Cidade do Vaticano, 19 nov (RV) - Depois de amanhã, dia 21 de novembro, a liturgia
recorda a Apresentação de Maria Santíssima ao Templo, data em que se celebra o Dia
pro Orantibus, dedicado às comunidades religiosas de clausura. Esta manhã, como todos
os domingos, o Papa rezou a oração do Angelus com os fiéis na Praça São Pedro. Antes,
porém, em sua alocução dominical, agradeceu ao Senhor pelo dom de tantas pessoas que,
em mosteiros e eremitérios, se dedicam totalmente a Deus na oração, no silêncio e
no retiro.
"A vida contemplativa escolhida por tantas pessoas ainda hoje é
um grande recurso de fé. Os mosteiros de clausura e eremitérios são oásis para o homem
moderno que quer renunciar à rotina cotidiana e às grandes aglomerações urbanas, e
abraçar Deus. São um caminho original, escolhido por muitas pessoas, que comporta
na abdicação a carreiras profissionais promissoras".
"Muitos se perguntam que
valor pode ter nestes tempos a presença destas pessoas em mosteiros, quando há tantas
realidades de pobreza e miséria a serem enfrentadas. Por que 'se fechar' para sempre
entre as paredes de um mosteiro e não ajudar com suas capacidades e experiências,
as pessoas carentes? Que eficácia pode ter a sua oração na solução dos problemas concretos
que continuam a afligir a humanidade? Todavia _ segundo Bento XVI _, é justamente
a partir desta contradição aparente que hoje, suscitando quase sempre surpresa entre
amigos e parentes, muitos homens e mulheres abandonam suas carreiras para abraçar
as austeras regras de um mosteiro de clausura".
O Papa oferece aos fiéis a
resposta a estas interrogações: "De fato, estes nossos irmãos e irmãs testemunham,
silenciosamente, que, em meio às nossas tribulações do cotidiano, por vezes tão convulsas,
o único apoio que não vacila é Deus, rocha de fidelidade e de amor, que não se deixa
abalar. Portanto, estes lugares, aparentemente inúteis, são indispensáveis porque
são os 'pulmões verdes' de uma cidade: fazem bem a todos, inclusive aos que não os
freqüentam e nem sabem de sua existência".
Concluindo sua alocução, o papa
agradeceu ao Senhor que em sua providência, quis as comunidades de clausura, masculinas
e femininas, e pediu que não lhes falte o apoio, espiritual e material, para que possam
realizar sua missão: manter viva na Igreja a ardente expectativa do retorno de Cristo.
Após
sua alocução o Santo Padre concedeu a todos os presentes a sua bênção. A seguir, saudou
os cerca de 50 mil fiéis presentes, em várias línguas. Em francês, inglês e polonês,
o papa fez uma menção especial à data de hoje, "recordação das vítimas dos acidentes
automobilísticos".
"A cada ano _ disse o papa em francês _ recordamos, neste
domingo, as vítimas de acidentes rodoviários. Ao rezar ao Senhor para que acolha em
sua paz todos os mortos em acidentes, confio à intercessão de Maria os numerosos feridos,
que muitas vezes, sofrem lesões permanentes. Peço insistentemente aos automobilistas
que respeitem corretamente as leis de trânsito e prestem sempre atenção aos outros".
(CM)