2006-11-20 19:20:33

BISPOS QUENIANOS PREOCUPADOS COM A VIOLÊNCIA NO PAÍS


Nairóbi, 20 nov (RV) - Os bispos do Quênia declaram-se "profundamente preocupados e entristecidos com os recentes confrontos nas zonas rurais do país e com as violências nas áreas urbanas". Em sua mensagem, divulgada integralmente no último dia 16 de novembro, os bispos pedem a todos uma reflexão sobre as origens das violências.

"Notamos que os chamados 'confrontos tribais' tiveram início nas mesmas áreas do país já envolvidas nos confrontos de 1992. É uma coincidência? Como é possível que a população pareça capaz de viver em paz por um longo período e depois, sem nenhum aviso prévio, eclode a violência? Como é possível que os jovens desempregados das áreas urbanas _ particularmente em Nairóbi _ pareçam assim facilmente coordenados e mobilizados para causar desordens?"

"As diversas análises que recebemos das Comissões Justiça e Paz em todo o Quênia" _ prossegue o comunicado _ "demonstram que a pobreza está na raiz da maior parte dos nossos problemas. Vemos, de um lado, o enriquecimento escandaloso e sem escrúpulos de poucos e, de outro, o empobrecimento da maior parte da população.

Quando acrescentamos a esta disparidade o problema irresoluto da terra, as intervenções oportunistas e irresponsáveis de diversos líderes e a falta de ação das "forças da lei e da ordem", somos impulsionados a apelar a todos os quenianos para que se detenham, reflitam e invertam a situação antes que seja tarde demais".

Os bispos apresentam algumas propostas para ajudar a restabelecer a paz na nação: Os políticos e os chefes locais devem evitar frases que incitem ao ódio e adotar, ao invés, uma linguagem marcada pelo respeito da vida, pela reconciliação e pela construção da unidade; "a resolução dos problemas através do diálogo; o governo deve resolver rapidamente os problemas relativos à posse da terra; os policiais são chamados "a agir com rapidez, mas de maneira responsável, nas situações de violência.

"Por fim, os bispos pedem a todos os membros da Igreja católica e a todas as pessoas de boa vontade, que se esforcem totalmente para construir uma sociedade queniana fundada sobre os princípios da justiça e da igualdade, e não sobre a base dos grupos étnicos. (SP)








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