Os Mosteiros de clausura são necessários como os pulmões verdes das cidades; fazem
bem a todos também àqueles que ignoram a sua existencia, salientou Bento XVI antes
do Angelus. O Papa recordou as vitimas das estradas e na condução pede atenção aos
outros
(19/11/2006 - RV) Falando antes da recitação da oração mariana do Angelus do meio
dia Bento XVI dedicou a sua reflexão á jornada “por Orantibus” que ocorre no dia 21
de Novembro, dedicada á recordação das comunidades religiosas de clausura, uma ocasião
muito oportuna - disse o papa – para agradecer ao Senhor pelo dom de tantas pessoas
que, nos mosteiros e nas ermidas, se dedicam totalmente a Deus na oração, no silencio
e no escondimento. Alguém – comentou o Papa dirigindo-se da janela dos seus aposentos
aos milhares de fiéis congregados na Praça de São Pedro – pergunta que sentido e que
valor poderá ter a sua presença no nosso tempo, em que numerosas e urgentes são as
situações de pobreza e de necessidade que devem ser enfrentadas. Que eficácia pode
ter a sua oração para a solução dos tantos problemas concretos que continuam a afligir
a humanidade? Bento XVI recordou que também hoje, suscitando muitas vezes a surpresa
de amigos e parentes não poucas pessoas abandonam carreiras profissionais muitas
vezes prometedoras para abraçar a regra austera de um mosteiro de clausura. O que
é que as impulsiona – perguntou ainda o Papa – a dar um passo de tão grande empenho
senão o facto de ter compreendido, como ensina o Evangelho, que o Reino dos céus é
um tesouro pelo qual vale verdadeiramente a pena abandonar tudo? “Estes nossos
irmãos e irmãs testemunham silenciosamente que no meio das vicissitudes quotidianas,
ás vezes bastante convulsas, o único apoio que não vacila é Deus, rocha inquebrantável
de fidelidade e de amor”. Os mosteiros de vida contemplativa oferecem-se como
um oásis no qual o homem peregrino sobre a terra pode mais facilmente beber das fontes
do Espírito e matar a sede ao longo do caminho. A concluir Bento XVI pediu que,
ás comunidade de clausura masculinas e femininas, não se deixe faltar o nosso apoio
espiritual e também material, para que possam cumprir a sua missão: manter viva na
Igreja a expectativa ardente pelo regresso de Cristo.
“Peço insistentemente
aos automobilistas que respeitem com vigilância as normas de condução que estejam
sempre atentos aos outros”. Com estas palavras Bento XV I recordou o Dia Mundial da
ONU em Memória das Vítimas das Estradas. Pedindo ao Senhor que acolha na sua
paz todas as pessoas que morreram por causa de desastres rodoviários - disse o Papa
depois da recitação do Angelus - confio á intercessão da Virgem Maria os numerosos
feridos muitas vezes atingidos de maneira permanente. O número de acidentes graves
em todo o mundo levou a ONU a adoptar o Dia Mundial em Memória das Vítimas das Estradas,
marcado para o terceiro domingo de Novembro de cada ano. Em Portugal, a data assinala-se
em três cidades (Lisboa, Évora e Vila Real).