ÉFESO: SANTUÁRIO VISITADO ANUALMENTE POR 3 MILHÕES DE MUÇULMANOS
Éfeso, 18 nov (RV) – Há uma grande expectativa sobre a viagem de Bento XVI
à Turquia. Cada dia que passa, mais detalhes e novas curiosidades circulam pelo mundo
todo. De acordo com o programa, no segundo dia da visita, 29 de novembro, o pontífice
irá ao santuário mariano de Meryem Ana Evi, conhecido como a Casa de Maria, em Éfeso.
Este santuário recebe aproximadamente 3 milhões de peregrinos por ano, em grande maioria,
muçulmanos. Por quê?
Bem, é preciso saber que a Mãe de Deus, é citada 40 vezes
no Alcorão. A ela, inclusive, é especialmente dedicada a sura (capítulo) 19 do livro
sagrado. Vale recordar também que o Alcorão, compilação do conjunto das revelações
de Deus (Alá) ao profeta Maomé, compreende a doutrina religiosa e a codificação da
vida civil e social islâmica.
Segundo a tradição, Maria passou a última parte
de sua vida, depois da morte de Jesus, na antiga Éfeso, que foi, de fato, a cidade
mais importante da província romana da Ásia: ali, o apóstolo Paulo ensinou a Palavra
de Deus, durante três anos.
E sublinhando o significado de Éfeso para a cristandade,
no primeiro ano de seu pontificado, em 1979, o papa João Paulo II visitou a Turquia,
e também celebrou missa no mesmo santuário, na festividade de Santo André, 30 de novembro.
Em
sua visita, Bento XVI será acompanhado por cinco cardeais da Cúria Romana: o secretário
de Estado, naturalmente, dom Tarcisio Bertone; o presidente do Pontifício Conselho
para o Diálogo Inter-religioso, cardeal Paul Poupard; o presidente do Pontifício Conselho
para o a Promoção da Unidade dos Cristãos, cardeal Walter Kasper; o prefeito da Congregação
para as Igrejas orientais, cardeal Ignace Moussa I Daoud, e o presidente emérito do
Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, cardeal Roger Etchegaray, homem de grande
experiência em relações internacionais, e que já foi enviado por João Paulo II em
várias expedições difíceis, em nível diplomático. (CM)