2006-11-18 15:40:44

Sudão deverá aceitar forças da ONU na região de Darfur


(18/11/2006) O Sudão concordou, em princípio, com o envio de uma força de paz internacional conjunta, composta por soldados das Nações Unidas e da União Africana (UA), para a região de Darfur, segundo o secretário-geral da ONU, Kofi Annan. A decisão resultou da reunião que decorreu em Adis Abeba, Etiópia, e na qual participaram autoridades africanas, europeias, chinesas, russas e norte-americanas e que visa controlar o drama da região sudanesa onde, nos últimos três anos e meio, morreram mais de 200 mil pessoas.
Apesar do optimismo do secretário-geral da ONU e do próprio George W. Bush, o presidente sudanês, Omar al-Bashir, terá apenas indicado em conversas particulares que poderia aceitar as propostas e que até agora foram sempre rejeitadas. O próprio Kofi Annan moderou as esperanças dizendo que, antes de novos desenvolvimentos, o Governo sudanês quer saber com exactidão o tamanho da força.
De modo a não hostilizar o Sudão, Annan defende que é prioriário reforçar o actual contingente da UA, que tem poucos recursos, fornecendo mais dinheiro, soldados e equipamentos.
Só depois disso, esclarece o secretário-geral, a ONU deverá enviar as suas forças para ajudar os sete mil soldados da União Africana que já estão no Sudão. Apenas numa terceira fase se procederá à criação da força de paz internacional conjunta, ONU/UA.
De acordo com os jornalistas no local, o Governo do Sudão poderá aumentar as suas exigências, devendo uma delas ser que o controlo das forças conjuntas não seja da ONU. O Conselho de Segurança aprovou uma resolução que autoriza o alargamento da missão da ONU no Sudão para enviar 27 mil soldados com o objectivo de assumirem o comando da força de paz de sete mil, que a União Africana tem no terreno e cujo mandato expira no final do ano.







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