CONGRESSO DA CARITAS BRASILEIRA TERMINA ÀS MARGENS DO SÃO FRANCISCO
Propriá, 14 nov (RV) - As comemorações do Jubileu da Caritas brasileira terminaram
às margens do Rio São Francisco, no município de Propriá, a 98 Km de Aracajú. Além
da população de Propriá participaram da romaria, que atravessou toda a cidade, habitantes
provenientes de vários lugares, num de total de 2 mil pessoas.
Motivações e
desafios para o futuro foram os temas abordados numa reunião por ocasião do Jubileu,
a partir dos compromissos eclesiais, ético-políticos, com a ajuda do governo e da
rede Caritas.
"A ética dos cristãos está ligada aos valores bíblicos, ao humano,
e não à lei" _ destacou Roberto Malvezzi, assessor da Comissão da Pastoral da Terra.
Dom Demétrio Valentini, presidente da Caritas brasileira, destacou que a Igreja age
em defesa dos pobres, na contramão do sistema opressor. Para ele, "a Caritas deve
ajudar a Igreja a cumprir a sua missão".
Elizabeth Jensen, da Caritas Internationalis,
definiu o trabalho da entidade como um "trabalho criativo, baseado em alternativas
sustentáveis diante do modelo capitalista que produz exclusão".
Domingos Armani,
consultor da Caritas, ressaltou que alternativas sustentáveis "não significa apenas
captar recursos, mas ter uma visão integrada de desenvolvimento institucional". E
concluindo, ressaltou que "é fundamental que a Caritas desenvolva a capacidade de
transformar diretrizes e estratégias em ação e vivência práticas".
Entre as
motivações explicitadas pelos participantes, Cristo foi ressaltado como exemplo, pois
a opção preferencial pelos pobres e a inspiração católica são os elementos determinantes
para uma ação transformadora.
Toda força gerada pelo amor à vida e pela indignação
contra as injustiças ainda encontra barreiras, como, por exemplo, a falta de diálogo
e de integração das diferentes visões, foi lançado o desafio de uma maior articulação
entre as forças sociais e o fortalecimento da Caritas nas dioceses e paróquias.
Os
congressistas aprovaram a Carta do 3º Congresso, isto é, uma carta comemorativa dos
25 anos de Economia popular Solidária e uma moção contra a transposição das águas
do Rio São Francisco. (MJ)