2006-11-14 10:38:25

EMBAIXADOR JAPONÊS: PAPA ENCORAJA NEGOCIAÇÕES PARA O DESARMAMENTO NUCLEAR DA PENÍNSULA COREANA


Cidade do Vaticano, 13 nov (RV) - Bento XVI iniciou suas atividades de hoje recebendo em audiência, no Vaticano, o novo embaixador do Japão junto à Santa Sé, Kagefumi Ueno, para a apresentação de suas credenciais.

As delicadas negociações em curso com a Coréia do Norte sobre os testes nucleares devem ser feitas de modo pacífico, respeitando os compromissos assumidos. Foi o desejo do Santo Padre expresso na audiência concedida ao diplomata japonês. Bento XVI se deteve também sobre a urgência da ajuda aos países pobres e sobre a importância do diálogo entre culturas e religiões.

O desarmamento nuclear da península coreana representa, atualmente, um teste sobre a capacidade humana de estabelecer relações para uma paz "estável e duradoura" sem recorrer às armas. Há tempos o caso vem ocupando a opinião pública internacional, e os esforços diplomáticos do Japão foram tomados como exemplo por Bento XVI. O papa disse que "a busca da paz entre as nações deve ser uma prioridade das relações internacionais" e que a "violência jamais poderá ser uma resposta justa aos problemas da sociedade", porque "destrói a dignidade, a vida e a liberdade do homem".

No caso em questão, Bento XVI encorajou o prosseguimento das "negociações bilaterais ou multilaterais", convicto de que a solução para o desarmamento nuclear da península coreana seja alcançada "através de meios pacíficos e no respeito pelos compromissos assumidos por todas as partes em causa".

O Papa discutiu também com o diplomata japonês os temas da liberdade religiosa e da solidariedade para com os países pobres.

No primeiro caso, o Santo Padre se mostrou satisfeito pelo respeito que a Igreja católica tem merecido no País do Sol Levante, e, ao mesmo tempo, convidou os bispos a as comunidades locais a viverem em estreita comunhão de fé e a trabalharem pela "reconciliação entre os povos".

O Pontífice apreciou também a "generosa contribuição" dada pelo Japão às nações que conhecem a miséria mais de perto.

"É necessário que os laços de interdependência entre os povos sejam acompanhados. Caso contrário, as fortes disparidades entre os povos desenvolvidos e aqueles em vias de desenvolvimento poderão se agravar ainda mais. Que estes laços _ augurou o papa _ se transformem numa solidariedade autêntica, e se estimule o crescimento econômico dos países mais pobres." (RL)








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