2006-11-12 10:02:02

IGREJA NO CHADE PREOCUPADA COM EXPANSÃO DA VIOLÊNCIA


Pala, 11 nov (RV) - O bispo de Pala, no Chade, África, dom Jean-Claude Bouchard, ressaltou que a Igreja está preocupada com a expansão da violência no país. "Queremos a paz, algo ainda muito longe de acontecer. Vamos esperar que não aconteça uma guerra civil" _ ressaltou o prelado.

O Chade é um país com 150 etnias e algumas delas vivem perto da fronteira com o Sudão. "Não pode acontecer no Chade como aconteceu em Ruanda, em 1994. Aqui os grupos são tantos e pequenos. Por isso, pedimos que a comunidade internacional e a ONU mandem soldados para cá. Mas o Sudão não é de acordo. A situação aqui é muito complicada" _ ressaltou o bispo.

Os rebeldes querem chegar a Ndjamena, capital do Chade, com o objetivo de tomar o poder. "Vamos esperar que não estoure uma guerra e outro golpe de Estado _ ressaltou dom Bouchard. Por isso é preciso tomar o caminho da paz. Muitos, porém, não estão de acordo em tomar este caminho, querem se apegar ao poder".

Cresce também a preocupação internacional pelo aumento das hostilidades no Chade. O "Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados", a UNHCR, referiu que as incursões dos grupos armados contra os povoados situados no confim com o Sudão, causaram 200 mortos e um grande número de deslocados.

O perigo _ denuncia a UNHCR _ é que estas violências estejam ligadas a um alargamento do conflito em Darfur, região sudanesa que desde 2003 iniciou uma tentativa de limpeza étnica por parte do governo de Cartum. As mesmas milícias árabes, que o Sudão mantém contra as populações animistas locais, estariam nas origens da crise no Chade e querem desestabilizar também a República Centro-Africana. (MJ)








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