CIDADE DO MÉXICO APROVA UNIÃO CIVIL ENTRE HOMOSSEXUAIS
Cidade do México, 10 nov (RV) - "Quando o valor da família é ameaçado por causa
de pressões sociais e econômicas, a Igreja é chamada a reagir sempre em defesa dos
valores supremos" _ é quanto afirmou em uma nota o secretário-geral dos bispos mexicanos,
dom Carlos Aguiar Retes, bispo de Texcoco, por ocasião da aprovação, nessa última
quinta-feira, de uma lei local que reconhece as uniões civis entre homossexuais.
A
normativa, que está sendo estudada também ao norte de Coahuila, no confim com o Estado
do Texas, se inspira no modelo do PACS francês (Pacte Civil de Solidarité), uma lei
que reconhece as uniões entre duas pessoas independentemente do sexo, além de reconhecer
o direito sobre propriedade, pensão, herança e até mesmo a educação dos filhos.
Segundo
os bispos mexicanos, por detrás dessa lei se esconde o desejo de fomentar legislações
que sancionam como legais o casamento entre pessoas do mesmo sexo, incluindo o direito
de adotar crianças.
Os prelados sublinharam a rejeição da Igreja católica a
qualquer projeto ou proposta que danifique o homem e a dimensão integral da vida.
"Nós _ ressaltam os bispos _ propomos que se façam leis em favor da dignidade do homem
e da família, que é a medida de grandeza da nação, assim como a dignidade do homem
é a autêntica medida de cada civilização".
Os bispos defendem o respeito da
lei natural e "afirmam que é na própria natureza que se realiza a plenitude do ser
humano. O casamento é a base da família e a família é o vértice da união entre um
homem e uma mulher. A família não está a serviço da sociedade, mas é a sociedade e
o Estado que devem estar a serviço da família" _ ressaltam os prelados.
"O
futuro da nação e do homem se decide na família. A união entre um homem e uma mulher
na família não é somente necessária para defender um bem particular, mas também para
o bem comum de toda a sociedade, da nação e do Estado" _ concluíram. (MJ)