BISPOS NORTE-AMERICANOS ESTUDAM PASTORAL PARA HOMOSSEXUAIS
Baltimor, 07 nov (RV) - Como fazer compreender a visão da Igreja sobre a sexualidade
e homossexualidade em um contexto cultural como o dos Estados Unidos, permeado pelo
relativismo moral e com uma forte tendência ao hedonismo? É o problema que se colocam
os bispos norte-americanos em vista de uma assembléia que se realizará em Baltimor,
nos Estados Unidos, de 13 a 16 do corrente.
Para tal ocasião a Conferência
Episcopal estadunidense elaborou um documento intitulado "Ministério para pessoas
com inclinações homossexuais: diretrizes pastorais", no qual os bispos fazem uma distinção
entre atos homossexuais e inclinação homossexual. "Enquanto o ato homossexual é um
pecado _ ressaltam os prelados _ a inclinação não o é, pois uma pessoa não pode ser
moralmente culpada por ter uma tendência".
Portanto, o documento fala de homossexualidade
como tendência ou inclinação e convida a seguir a linha da "teologia moral clássica",
segundo a qual "uma consistente prática da virtude é uma ajuda para controlar inclinações
ou paixões desordenadas.
Os atos homossexuais como também o adultério, a fornicação,
a contracepção, entre outros, violam a finalidade própria da sexualidade humana, pois
não são abertos à vida e não refletem a complementaridade do homem e da mulher como
partes integrantes do designo de Deus para a sexualidade humana.
Os bispos
recomendam, no texto, um adequado "atendimento pastoral" aos homossexuais e a sua
"plena e ativa participação" na vida eclesial, e que sejam bem acolhidos pela comunidade.
No entanto _ advertem _, a Igreja não deve dar papéis de liderança ou cargos "àqueles
cujo comportamento viola as próprias regras".
Os pastores norte-americanos
condenam ainda o "assim chamado casamento entre pessoas do mesmo sexo" (MJ)