CARDEAL SARAIVA MARTINS BEATIFICA EM SÃO PAULO O PADRE MARIANO
São Paulo, 06 nov (RV) - Ontem, 5, domingo, na Catedral da Sé, em São Paulo,
o Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, cardeal José Saraiva Martins, presidiu
o rito de beatificação do padre agostiniano Mariano de la Mata Aparício. Em sua homilia,
o purpurado ressaltou, em particular, o amoroso serviço que o religioso prestou à
Igreja e à assistência dada a tantas pessoas.
"Pobre com os pobres, humilde
com as crianças e sensível com os enfermos e os anciãos": assim era padre Mariano
de la Mata Aparício, religioso agostiniano que, tendo vivido no século passado, deixou
o seu país, a Espanha, e se dedicou com imensa generosidade ao nosso povo, no Brasil.
Em
sua homilia, o cardeal Saraiva Martins descreveu a personalidade do bem-aventurado
indicando-o como sinal visível da esperança, que cada um deve cultivar, de alcançar
a plenitude no amor de Deus ao término do percurso terreno.
"Misericordioso
com os penitentes, puro de coração, pacífico na comunidade dos religiosos agostinianos
e em sua família", superava "as dificuldades com a oração e o sacrifício, dirigindo-se
à Virgem Maria", disse o purpurado acerca do padre Mariano.
O prefeito da Congregação
das Causas dos Santos quis também recordar que a esperança de alcançar a perfeição
na vida eterna ajuda o homem a se purificar. Esta ajuda chega também dos santos de
todas os tempos, que, como todos os homens, tiveram defeitos e foram frágeis e pecadores,
mas foram fortes e santos em Deus.
"A fragilidade dos santos _ explicou o cardeal
Saraiva Martins _ vem em nosso auxílio para nos mostrar o caminho pelo qual podemos
sair do pecado e iniciar a viver desde agora, e depois, eternamente, uma vida de intimidade
com o Pai, única e autêntica alternativa para uma vida injusta e malvada."
"Os
santos experimentaram as nossas mesmas dificuldades _ concluiu o purpurado _, mas
souberam vencer as tentações do maligno e, com a graça de Deus, viveram as bem-aventuranças."
Imitando a sua identificação com Jesus Cristo, também nós, graças à multidão de intercessores
que já contemplam a Deus, podemos pedir ao Senhor: "Grava-me como um selo em teu coração,
como um selo em teu braço. Porque o amor é forte como a morte" (Ct 8, 6), porque o
amor é mais forte que a própria morte. (RL)