2006-11-03 14:13:46

Visitando a Universidade Gregoriana, fundada por Santo Inácio há 456 anos, o Papa Bento XVI “confia uma vez mais” aos Jesuítas esta “obra tão importante para a Igreja universal e para tantas Igrejas particulares”.


.(03/11/2006-RV) A propósito da “identidade e missão” da Gregoriana, o Santo Padre sublinhou que esta supõe ao mesmo tempo “fidelidade à sua própria história e tradição, para não perder as raízes históricas, mas também abertura à realidade actual para responder – com atento discernimento e espírito criativo – às necessidades da Igreja e do mundo de hoje”. “A Igreja – disse ainda – “deseja que a Gregoriana conserve o espírito inaciano que a anima, com o seu próprio método pedagógico e o seu modo de organizar os estudos”.


Evocando a sua própria experiência de estudo e ensino teológico, não só nas Universidades alemãs, mas também um Curso de Teologia Dogmática dada em 1972, nesta Universidade Gregoriana (na altura em que era catedrático em Regensburg), observou o Papa Ratzinger:
“Para ter sentido em relação ao Reino de Deus, a fadiga do estudo e do ensino deve ser animado pelas virtudes teologais” (da fé, da esperança e da caridade). De facto, o objecto imediato da ciência teológica… é o próprio Deus, revelado em Jesus Cristo. Mesmo quando, no caso do Direito Canónico e da História da Igreja, o objecto imediato é o Povo de Deus na sua dimensão visível e histórica, e a análise aprofundada da matéria conduz à contemplação, na fé, do mistério de Cristo ressuscitado. É Ele que, presente na sua Igreja, a conduz no meio dos acontecimentos do tempo para a plenitude escatológica, uma meta para a qual caminhamos sustentados pela esperança. Não basta porém, conhecer Deus; para podê-lo realmente encontrar, é preciso também amá-lo.
O estudo da Teologia, do Direito Canónico e da História da Igreja não é só conhecimento das proposições da fé na sua formulação histórica, e na sua aplicação prática, mas é sempre também inteligência dessas mesmas, na fé, na esperança e na caridade. Só o Espírito perscruta as profundidades de Deus; portanto, só na escuta do Espírito se pode perscrutar a profundidade da riqueza, da sapiência e da ciência de Deus. E o Espírito, escuta-se na oração, quando o coração se abre à contemplação do mistério de Deus, que se revelou no Filho Jesus Cristo”.








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