2006-11-03 15:14:40

BISPOS DO MÉXICO E DOS ESTADOS UNIDOS CELEBRAM MISSA NA FRONTEIRA


Washington, 30 out (RV) - No próximo 02 de novembro, os bispos dos Estados Unidos e do México celebrarão a Santa Missa na fronteira entre os dois países. O gesto já se repete há alguns anos. Os altares estarão separados por uma cerca provisória que dará espaço a um muro de mil e duzentos quilômetros. No lado americano e no mexicano, os bispos celebrarão a missa de maneira simultânea, para pedir pela paz e pela não construção do muro.

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush autorizou o levantamento do muro na fronteira, o que motivou uma onda de protestos, tanto nos meios políticos como na Igreja Católica de ambos os países.

Os bispos dos Estados Unidos, encabeçados pelo presidente da Conferência Episcopal, dom William Skylstad, enviaram, há poucos dias, uma carta ao presidente Bush pedindo-lhe para vetar a lei que autorizaria o muro fronteiriço.

Dom Skylstad disse que os bispos dos Estados Unidos se opõem a esta legislação "porque cremos que pode conduzir à morte de imigrantes que tentam ingressar nos Estados Unidos e a um aumento dos casos de violência relacionada ao contrabando".

Num editorial do site da Conferência Episcopal Mexicana, se considera que a lei assinada pelo presidente Bush. "Um muro, _ diz o editorial _, não é a solução para o problema da imigração ilegal". E concluiu sustentando que "a melhor forma de proteger as fronteiras é através da promoção de um profunda reforma migratória, fruto de um trabalho em conjunto das autoridades do México e dos Estados Unidos, e não através da construção de um muro de fronteira".

Dom Ascencio León, presidente da Comissão Episcopal para a Mobilidade Humana da Conferência Mexicana e, recentemente nomeado pelo Papa Bento XVI membro do Pontifício Conselho para a Pastoral dos Imigrantes e Itinerantes, afirmou que "fazer um muro é afastar o convívio das pessoas e das sociedades que, por sua natureza, não possuem fronteiras, é separar famílias que vivem nos dois países, é atentar contra os direitos humanos". (CE)








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