2006-11-01 17:27:55

BISPO TAILANDÊS E MONGE BUDISTA CONTRA ABORTO NO PAÍS


Bangcoc, 31 out (RV) - Católicos e budistas da Tailândia protestaram contra a legalização do aborto no país. A proposta de legalização do aborto foi feita durante um encontro promovido pela Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Thammasat, que reuniu as organizações não-governamentais tailandesas para discutir sobre a interrupção da gravidez, que _ segundo eles _ não é uma questão moral, mas diz respeito aos direitos humanos. É um problema das mulheres_ sublinharam.

O arcebispo de Bangcoc, cardeal Michael Michai Kitbunchu, explicou que o ensinamento católico se opõe com veemência ao aborto, enquanto o homem é criatura de Deus, que o fez à sua imagem e o abençoou acima de todas as criaturas. A vida humana é o dom mais precioso que o Pai nos deu, repleto de valor e dignidade _ ressaltou o purpurado.

Segundo a presidente da União dos Sindicatos, Chiara Kochadej, os dados da Organização Mundial da Saúde mostram que 200 mil mulheres morrem a cada ano, por causa do aborto ilegal. Dessas mulheres, 5 mil delas estão em países do sudeste asiático. A nossa sociedade deve dar a possibilidade às mulheres de recorrer ao aborto em maneira legal _ ressaltou.

O presidente dos bispos tailandeses, dom George Yod Phimphisan, disse á agência AsiaNews, que a igreja não pode aceitar o aborto, seja qual for o motivo. Abortar significa matar uma vida, dom precioso de Deus à humanidade. Tornar o aborto legal significa dar menos valor à vida _ sublinhou.

O monge budista, Phra Mahamanoj, sublinhou que os budistas, a maioria da população tailandesa, são contrários ao aborto, à destruição da vida. Fizemos no templo uma casa de emergência para ajudar as mulheres que não estão prontas para terem um filho. Não têm necessidade de recorrer ao aborto como solução _ ressaltou o monge. Quem vem até nós recebe uma casa e um trabalho até se sentir pronto para recomeçar a própria vida, sem ser preciso matar outra.

A Tailândia têm 62 milhões de habitantes, desses, 95% são budistas, 4% são muçulmanos e 1% é cristão. Os católicos são cerca de 300 mil. (MJ)








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