BISPO TAILANDÊS E MONGE BUDISTA CONTRA ABORTO NO PAÍS
Bangcoc, 31 out (RV) - Católicos e budistas da Tailândia protestaram contra
a legalização do aborto no país. A proposta de legalização do aborto foi feita durante
um encontro promovido pela Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Thammasat,
que reuniu as organizações não-governamentais tailandesas para discutir sobre a interrupção
da gravidez, que _ segundo eles _ não é uma questão moral, mas diz respeito aos direitos
humanos. É um problema das mulheres_ sublinharam.
O arcebispo de Bangcoc, cardeal
Michael Michai Kitbunchu, explicou que o ensinamento católico se opõe com veemência
ao aborto, enquanto o homem é criatura de Deus, que o fez à sua imagem e o abençoou
acima de todas as criaturas. A vida humana é o dom mais precioso que o Pai nos deu,
repleto de valor e dignidade _ ressaltou o purpurado.
Segundo a presidente
da União dos Sindicatos, Chiara Kochadej, os dados da Organização Mundial da Saúde
mostram que 200 mil mulheres morrem a cada ano, por causa do aborto ilegal. Dessas
mulheres, 5 mil delas estão em países do sudeste asiático. A nossa sociedade deve
dar a possibilidade às mulheres de recorrer ao aborto em maneira legal _ ressaltou.
O
presidente dos bispos tailandeses, dom George Yod Phimphisan, disse á agência AsiaNews,
que a igreja não pode aceitar o aborto, seja qual for o motivo. Abortar significa
matar uma vida, dom precioso de Deus à humanidade. Tornar o aborto legal significa
dar menos valor à vida _ sublinhou.
O monge budista, Phra Mahamanoj, sublinhou
que os budistas, a maioria da população tailandesa, são contrários ao aborto, à destruição
da vida. Fizemos no templo uma casa de emergência para ajudar as mulheres que não
estão prontas para terem um filho. Não têm necessidade de recorrer ao aborto como
solução _ ressaltou o monge. Quem vem até nós recebe uma casa e um trabalho até se
sentir pronto para recomeçar a própria vida, sem ser preciso matar outra.
A
Tailândia têm 62 milhões de habitantes, desses, 95% são budistas, 4% são muçulmanos
e 1% é cristão. Os católicos são cerca de 300 mil. (MJ)