Momento decisivo para a áfrica: a segunda volta das eleições na Republica Democrática
do Congo
Uma morte, em Bumba, e algumas escaramuças em Katanga e Kivu não chegam para ensombrar
as segunda volta das eleições presidenciais na República Democrática do Congo (RDC).
Ontem, cerca de 26 milhões de eleitores votaram calma e ordeiramente, nas primeiras
eleições livres e democráticas em 41 anos, apesar da tensão entre apoiantes dos dois
candidatos, Joseph Kabila e Jean-Pierre Bemba. Neste domingo, ainda as mesas de
voto não tinham fechado no Oeste do vasto país quando os candidatos renovaram o apelo
à paz. "O vencedor compromete-se em garantir ao derrotado o respeito pela sua integridade
física, das suas propriedades e bens financeiros", lê-se no texto caucionado pela
missão da ONU na RDC. O perdedor compromete-se, em caso de contestação dos resultados,
a "usar apenas procedimentos legais" e a renunciar "ao uso da força, da mobilização
popular e de toda e qualquer forma de violência". O texto, assinado por Kabila
e Bemba, ex-beligerantes opostos do último conflito na RDC (1998-2003), pretende evitar
o clima de tensão da primeira volta, marcada por três dias de confrontos entre os
exércitos privados de cada candidato; morreram 25 pessoas.