Roma, 21 out (RV) - Amanhã, domingo, a Igreja celebrará o 80º Dia Mundial das
Missões, com o lema "A caridade, alma da missão". Para esta ocasião, no dia 29 de
abril passado, Bento XVI publicou uma Mensagem, reafirmando que "o amor que Deus nutre
por cada pessoa constitui o coração da experiência e do anúncio do Evangelho".
"O
mandamento de difundir o anúncio deste amor foi confiado por Jesus aos Apóstolos depois
da sua ressurreição, e os Apóstolos, interiormente transformados no dia do Pentecostes
pelo poder do Espírito Santo, começaram a dar testemunho do Senhor morto e ressuscitado.
A partir de então, a Igreja continua esta mesma missão, que constitui para todos os
fiéis um compromisso irrenunciável e permanente" _ escreveu o papa.
Se a missão
"não for orientada pela caridade, isto é, se não brotar de um profundo ato de amor
divino, a missão corre o risco de se reduzir a uma mera atividade filantrópica e social".
"Ser missionário significa debruçar-se, como o bom Samaritano, sobre as adversidades
de todos, de forma especial dos mais pobres e necessitados, porque quem ama com o
Coração de Cristo não busca o seu próprio interesse, mas unicamente a glória do Pai
e o bem do próximo".
Na Mensagem para este Dia Mundial das Missões, o papa
recorda que "ser missionário quer dizer amar a Deus com todo o próprio ser a ponto
de entregar, se for necessário, a vida por Ele". E pela missão _ reconhece o papa
_ "quantos sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos, também nesta nossa época,
deram o supremo testemunho do seu amor com o martírio!". Na entrega generosa, no amor
sem limites "está o segredo da fecundidade apostólica da ação missionária, que ultrapassa
as fronteiras e as culturas, alcança os povos e se espalha até aos extremos confins
do mundo" _ conclui Bento XVI. (MJ)