2006-10-21 17:27:55

CMI PEDE A IGREJAS E ONGS REFLEXÃO ÉTICO-TEOLÓGICA SOBRE HIV E AIDS


Genebra, 21 out (RV) - O Conselho Mundial de Igrejas (CMI) pede às Igrejas e organizações para promover e compartilhar uma reflexão teológica e ética mais profunda sobre o HIV e a Aids. Também renova seu apelo às igrejas e cristãos para que fomentem a intervenção e participação mais intensa e significativa das pessoas que convivem com o HIV e com a Aids; promovam e adotem políticas de inclusão nos lugares de trabalho e métodos inovadores e sustentáveis de trabalho com redes de pessoas soropositivas. As demandas fazem parte da mais recente declaração final do encontro ocorrido no mês passado, na Suíça.

A declaração sobre o tema foi baseada nas cifras alarmantes sobre a epidemia da Aids, que causa 8.000 mortes a cada dia, deixa órfãs 13 milhões de crianças e expõe a perigosa situação dos sistemas de saúde de muitos países.

Desde a primeira aparição da epidemia, há 25 anos, o vírus infectou cerca de 65 milhões de pessoas, das quais 25 milhões já morreram. Só em 2005, calcula-se que foram infectadas com o HIV 4,1 milhões de pessoas e que 2,8 milhões morreram em conseqüência de enfermidades relacionadas à Aids. Atualmente, as mulheres e os jovens são os mais ameaçados e nos quais a infecção se propaga com mais rapidez.

De acordo com o documento, a participação dos dirigentes das Igrejas deve ser mais incisiva. E afirma: os dirigentes religiosos devem começar a examinar seus próprios comportamentos, atitudes e ações, que possam ser cúmplices na marginalização e estigmas das pessoas que convivem com o HIV e a Aids, ao invés de acolher plenamente essas pessoas e todas as que sofrem as conseqüências.

Segundo o Conselho, se não se intensificarem urgentemente as respostas à Aids, não serão alcançados nem o objetivo de 2010, da Declaração de Compromisso, nem o sexto dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio, relativos à redução da pobreza, a fome e a mortalidade infantil.

Diante de 40 milhões de pessoas que não têm acesso ao tratamento anti-retroviral, as Igrejas pedem aos governos do G-8 que cumpram suas promessas de financiamento e ação para conseguir o acesso universal ao tratamento, cuidado e apoio para 2010; e ao setor privado, especialmente, às empresas farmacêuticas, que invistam nas pesquisas e desenvolvimento necessários para responder ao HIV, e para assegurar que os medicamentos destinados ao tratamento estejam à disposição a baixo custo nos países mais pobres. (CM)







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