2006-10-18 18:12:53

PAM SUSPENDE AJUDAS A ANGOLA


Luanda, 18 out (RV) - O Presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé, o arcebispo de Luanda, dom Antonio Damião Franklin, lança um apelo para superar a crise financeira que está atingindo as operações do Programa Mundial de Alimentos (PAM) em Angola.

A ONU anunciou a suspensão de seu programa de assistência em Angola, uma decisão causada pela falta de cerca de seis milhões de dólares para financiar as operações.

O corte na assistência alimentar afeta ao menos 417 mil pessoas, a maioria das quais crianças das escolas do ensino fundamental da periferia de Luanda, que até então beneficiavam de um programa de refeição escolar garantido pelo PAM.

"É indispensável manter esse programa, porque existem casos de ajudas de emergência" _ disse o presidente da Conferência Episcopal angolana, que se encontrava em Fátima dias passados, para o VII Encontro das Igrejas Lusófonas _. O Arcebispo chamou a atenção sobretudo para a população de desabrigados, que vive somente da economia informal na periferia de Luanda.

Segundo o PAM, existem cerca de 17 mil toneladas de bens alimentares que não podem chegar até as pessoas que necessitam por causa da falta de verbas para o transporte. Em toda Angola, até final de setembro, o PAM conseguia fornecer merendas escolares a cerca de 220 mil crianças e programava estender este serviço a outras 100 mil crianças até o final do ano.

Angola está em primeiro lugar no índice de mortalidade infantil entre os países de língua portuguesa. Segundo o relatório anual do Fundo da ONU para a população, o índice de mortalidade infantil em Angola é de 133 óbitos por mil crianças. Embora seja um país potencialmente muito rico, graças aos imponentes recursos minerários (diamante, petróleo, bauxita, urânio, fosfato) e às terras férteis; as riquezas angolanas não são distribuídas entre a maior parte dos 11 milhões de habitantes. (CE)







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