2006-10-18 15:41:52

A posição da Santa Sé perante o fenómeno do terrorismo reafirmada nas Nações Unidas


A Santa Sé manifestou à comunidade internacional que as medidas de luta contra o terrorismo não devem violar os direitos. Assim declarou o arcebispo Celestino Migliore, observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, ao intervir na Assembleia Geral sobre as medidas para eliminar o terrorismo internacional.
”Acredito que as medidas anti-terroristas e a protecção dos direitos humanos não são objectivos que estejam em conflito entre si”, declarou o arcebispo.
“A absoluta falta de justificação do terrorismo baseia-se precisamente no facto de utilizar vidas inocentes como meios para alcançar os seus objectivos, mostrando desprezo absoluto pela vida e pela dignidade humanas”, acrescentando que a estratégia anti-terrorista não deve sacrificar os direitos fundamentais em nome da segurança”.
O observador da Santa Sé nas Nações Unidas é de opinião que se deveria formar uma Convenção para deixar claro que “nenhum motivo pode justificar ou legitimar a morte ou mutilação deliberada de populações civis”.
Segundo o prelado, o terrorismo pode ser um acto de abuso cínico da religião ao que se deve responder com ferramentas culturais, o que implica “um decidido compromisso político para acabar com as situações de opressão e marginalização que facilitam os projectos dos terroristas”. Sublinhou ainda que se deve afirmar que “não se podem invocar as injustiças do mundo para justificar as acções terroristas e que as vítimas do colapso são antes de tudo milhões de homens e mulheres que não são capazes de resistir à queda da solidariedade internacional”.
Segundo o núncio apostólico, as religiões e o diálogo inter-religioso têm um papel fundamental na hora de afirmar que as “incitações dos terroristas ao ódio e a violência são contrárias à verdadeira religião”.








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