PAPA CONVIDA TEÓLOGOS A NÃO CEDEREM À "DITADURA DAS OPINIÕES COMUNS"
Cidade do Vaticano, 06 out (RV) - Silêncio, contemplação e obediência à verdade,
fugindo da lisonja do consenso e do conformismo: foram as virtudes recomendadas por
Bento XVI, na homilia da santa missa celebrada esta manhã, na capela Redemptoris Mater,
da residência apostólica vaticana, com os membros da Comissão Teológica Internacional.
A
Comissão, presidida pelo Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Cardeal William
Joseph Levada, esteve reunida desde segunda-feira até hoje, debatendo, em particular,
o tema da sorte das crianças que morrem sem o Batismo.
"Se "a bonita vocação"
dos teólogos "é falar", para evidenciar, em todos os tempos, as palavras essenciais
para chegar à Palavra de Deus, o Papa recomendou _ a exemplo de São Bruno, cuja memória
litúrgica se celebra hoje _ "silêncio e contemplação, para conservar, na dispersão
da vida diária, uma permanente união com Deus".
Deus não é "o objeto" mas sim
"o sujeito da Teologia", que requer um caminho de renúncia às nossas palavras, para
obedecer à verdade, e isso requer "purificar" a nossa alma.
"Em outras palavras,
falar para receber aplausos, falar orientando-se por aquilo que os homens querem ouvir,
falar em obediência à ditadura das opiniões comuns, é considerado como uma espécie
de prostituição da palavra e da alma; e a castidade é não submeter-se a esses modelos,
e não buscar os aplausos, mas buscar a obediência à verdade. Essa _ observou Bento
XVI _ é a virtude fundamental do teólogo." (RL)