2006-09-29 14:46:40

Nas Nações Unidas, reafirmada a vontada da Igreja Católica em dialogar com o mundo islâmico


O antigo Secretário do Vaticano para as relações com os Estados, Arcebispo Giovanni Lajolo, reafirmou perante a Assembleia Geral da ONU a vontade da Igreja Católica em dialogar com o mundo islâmico. D. Lajolo, actual governador do Estado da Cidade do Vaticano, citou a intervenção de Bento XVI na audiência geral de 20 de Setembro, em que o Papa explicou o alcance da sua lição na Universidade de Regensburg, durante a visita pastoral à Baviera. O representante católico explicou que se tratava de rejeitar a violência em nome da religião “no contexto de uma visão crítica de uma sociedade que tenta excluir Deus da vida pública".“Cabe a todas as partes interessadas - a sociedade civil bem como os Estados - promoverem a liberdade religiosa e uma sã tolerância social, que irá desarmar os extremistas mesmo antes que eles possam corromper os outros com o seu ódio pela vida e a liberdade”, apontou o Arcebispo italiano.Segundo este responsável, “a motivação religiosa para a violência, qualquer que seja a sua fonte, deve ser rejeitada firme e claramente”, mas os responsáveis políticos não podem minimizar o contributo da visão religiosa do mundo e da humanidade.O direito à liberdade religiosa, de pensamento e de expressão foram outros pontos abordados. Para D. Lajolo, o respeito por estes direitos é fundamental “para a realização de cada pessoa, para o respeito pelas culturas e para o progresso da ciência”.Lembrando que o mundo está “divido por cultura, fé, riqueza e níveis de progresso material”, o representante católico condenou as acções dos grupos terroristas e a actual corrida ao armamento nuclear, manifestando a sua preocupação com o facto deste material poder vir a ser utilizado em cenários de guerra.À ONU, a Santa Sé deixou estímulos para que cumpra a sua missão, em especial no campo da defesa dos Direitos Humanos e da manutenção da paz, mas lamentou a demora do Conselho de Segurança da ONU no recente conflito entre Israel e o Hezbollah, no Líbano.Para a Santa Sé, a melhor maneira de prevenir a guerra é atacar as suas causas: “as injustiças sofridas, a falta de progresso, democracia, direitos humanos e do papel da lei”. A fome, a pobreza e o fenómeno crescente das migrações exigem, por isso, uma resposta da comunidade internacional.








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