2006-09-28 17:38:26

A Igreja não obriga ninguém. Mas respeito não é indiferentismo. A autêntica tolerância supõe o respeito do outro, mas inclui também o temor de Deus e o respeito pelo que é sagrado no outro: Bento XVI ao novo Embaixador alemão, quinta-feira, em Castelgandolfo


Evocando a recente viagem à Baviera, Papa Ratzinger referiu as muitas cartas desde então recebidas, não só da Alemanha mas de tantas outras países, o que – observou – não deixa de ter certa relevância pública: “onde cresce a comunhão e onde os homens se reforçam no bem graças à mensagem da fé, isso contribui também para a convivência humana há sociedade e encoraja os cidadãos a tomar responsabilidades em vista do bem comum”.
Sublinhando a universalidade da missão da Igreja, que se dirige a todos o mais possível a todos os homens e a todos os povos, afirmou Bento XVI: “Certamente a Santa Sé preocupa-se em primeiro lugar com os cristãos nas várias nações do mundo, mas atribui também um elevado valor ao bem geral do homem independentemente da sua cultura, língua e religião”, procurando por isso “colaborar com todos os homens de boa vontade quando se trata de servir o homem, a sua dignidade, a integridade e a liberdade”.
Citando o Concílio Vaticano II, o Papa recordou que, “motivada pela sua fé, a Igreja preocupa-se com a salvação da pessoa humana e com a autêntica construção da sociedade humana. O homem, corpo e alma, coração e consciência, razão e vontade, está no centro da sua atenção pastoral. Mas – esclareceu (citamos) – “a Igreja não se impõe, não constringe ninguém a aceitar a mensagem do Evangelho. Por isso o encontro com os outros dve ser marcado pela tolerância e pela abertura cultural. Contudo – prosseguiu ainda – a tolerância nunca deve ser confundida com o indiferentismo. Porque toda e qualquer forma de indiferença está em radical oposição com o profundo interesse cristão pelo homem e pelo seu bem. A autêntica tolerância pressupõe sempre o respeito do outro, do homem criado por Deus, cuja existência é querida por Deus”.
“Esta tolerância, de que o mundo tanta necessidade tem – inclui o respeito de Deus – o respeito em relação ao que é sagrado no outro”. Mas o respeito do sagrado do outro exige porém que aprendamos o respeito e o temor de Deus. No mundo ocidental, só se crescer de novo a fé em Deus, se pode regenerar este ‘temor’ (de Deus)”.








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