Diplomacia e negociações com o Irão, é a posição da Santa Sé acerca do programa nuclear
iraniano, explicitada pelo representante do Vaticano na 50ª conferencia geral da Aiea,
em Viena
Um diálogo internacional sério para criar no Médio Oriente uma região livre de armas
de destruição de massa e armas nucleares, foi invocado nesta quarta feira pelo arcebispo
Piero Parolin, sub secretario para as relações com os estados, chefe da delegação
vaticana na 50ª conferencia geral da Agencia internacional para a energia atómica
( Aiea) em Viena O prelado referiu-se explicitamente também ás negociações sobre
o programa nuclear no Irão reafirmando a firme convicção de que as recentes dificuldades
possam e devam ser superadas através dos canais diplomático, eliminando todos os elementos
que objectivamente impedem a confiança recíproca. Segundo o arcebispo Pietro Parolin,
a 50 anos da sua fundação, a Aiea permanece um ponto de referencia insubstituível
para a cooperação internacional no uso da energia nuclear com fins pacíficos e para
o desenvolvimento, obedecendo ao seu mandato centrado em três pilares:tecnologia,
segurança e verificação. O empenho da Aiea em promover a não proliferação nuclear
e contribuindo para o processo de desarmamento atómico merece o mais alto louvor.,
acrescentou D. Parolin recordando que a Santa Sé, em 1957 foi um dos fundadores
desta Agencia especializada da ONU que hoje conta com 140 Países membros. Mas são
ainda muitos os desafios que devem ser enfrentados no futuro, em particular – disse
o representante do Vaticano - a não aplicação do Tratado de não proliferação nuclear
e das relativas obrigações de segurança, uma pedra angular para o desarmamento e o
desenvolvimento de aplicações pacificas da energia atómica . A humanidade merece
– recomendou o arcebispo Parolin – como mínimo a plena cooperação de todos os estados
nesta importante matéria. A Santa Sé, prosseguiu o prelado, convida a respeitar os
Protocolos adicionais e os Acordos de segurança preparados pela Aiea, que certamente
reforçarão a confiança no uso pacifico da energia nuclear.Este ano – concluiu – ocorre
o 20º aniversario do terrível desastre de Chernobyl, uma admoestação a aumentar a
segurança das instalações. Depois um apelo a assinar o tratado de proibição total
dos ensaios nucleares que desde há 10 anos está á espera de entrar em vigor, visto
que nem todos os 44 países que têm programas nucleares civis, aderiram :Coreia do
Norte, Índia e Paquistão ainda não o assinaram, enquanto que os Estados Unidos, China,
Irão, Israel, Egipto, Indonésia e Colômbia devm ratificá-lo