2006-09-20 12:21:28

Audiência geral dedicada á recente viagem á Baviera,onde Bento XVI falou ao Ocidente surdo á Palavra de Deus,e onde disse aos cristãos que quem acredita nunca está sozinho. Bento XVI manifestou o seu "profundo respeito pelas grandes religiões e em particular pelos muçulmanos", e lamentou que as suas palavras tenham sido "infelizmente mal interpretadas"..


A finalidade da viagem de Bento XVI á Baviera era recordar aos cristãos que quem acredita nunca está sozinho e convidá-los a olhar com esperança para o futuro. A explicação foi fornecida pelo próprio Papa resumindo durante a audiência geral desta quarta feira os momentos principais da viagem da semana passada á sua pátria.
A propósito da homilia da Missa de Domingo 10 de Setembro – inspirando-se no trecho do Evangelho do dia - sublinhou o Papa - recordei a todos que existe uma fraqueza de ouvido em relação a Deus de que se sofre de maneira especial hoje; que a nossa tarefa de cristãos num mundo secularizado consiste em testemunhar a mensagem de esperança que Jesus nos oferece; ser seus filhos – acrescentou – é superar todas as formas de ódio e de violência.
Bento XVI voltou esta quarta feira a negar que tenha querido ofender o Islão com a sua intervenção na Universidade de Regensburg , a 12 de Setembro passado.
Como tema o Papa escolhera a questão da relação entre fé e razão. Para introduzir o auditório - professores e estudantes da Universidade – na dramaticidade e na actualidade do tema - disse o Papa – citei algumas palavras de um diálogo cristão-islamico do século XIV, com as quais o interlocutor cristão – o imperador bizantino Manuel II Paleólogo – de maneira para nós incompreensivelmente brusco – apresentou ao interlocutor islâmico o problema da relação entre religião e violência . Uma citação que se prestou a criar equívocos.
Para o leitor atento do meu texto, porém resulta claro que “não queria, de modo algum, fazer minhas as palavras negativas pronunciados pelo imperador medieval neste diálogo, e que o seu polémico conteúdo não exprime a minha convicção pessoal.
A minha intenção era muito diferente: partindo daquilo que Manuel II diz, em seguida, de forma positiva – com uma palavra muito bela a respeito da racionalidade que deve guiar a transmissão da fé – queria explicar que não (deve haver) religião e violência, mas que religião e razão caminham lado a lado”.
O tema da minha conferencia – respondendo á missão da Universidade - foi portanto a relação entre fé e razão: queria convidar ao dialogo da fé cristã com o mundo moderno e ao diálogo de todas as culturas e religiões.
Bento XVI manifestou ainda o seu "profundo respeito pelas grandes religiões e em particular pelos muçulmanos", "que adoram o Deus único" e com os quais – disse – estamos empenhados na defesa e promoção, para todos os homens, da justiça social, dos valores morais, da paz e da liberdade
Confio portanto, - disse o Papa a concluir – que após as reacções do primeiro momento, as minhas palavras na Universidade de Regensburg possam constituir um impulso e um encorajamento a um diálogo positivo, também autocrítico, tanto para as religiões como para a razão moderna e a fé dos cristãos








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