Cimeira dos paises não alinhados, em Cuba, com exortação á unidade
Os 118 países não-alinhados selaram ontem na capital de Cuba, Havana, a "revitalização"
daquele movimento com uma declaração que exorta os seus membros à unidade e solicitando-lhes
um projecto que fortaleça e modernize a organização. A política externa dos EUA, os
desequilíbrios entre Norte e Sul, a necessidade de incentivar a cooperação Sul-Sul
e muitos temas comuns aos seus membros, na sua imensa maioria países em desenvolvimento,
foram colocados como razões para a interdependência. O tom duro contra Washington,
reflectido nos documentos da Cimeira e no apoio explícito à Bolívia, Cuba e Venezuela,
teve continuidade nos discursos dos chefes de Estado que passaram pelo plenário O
presidente do Líbano, Emile Lahoud, também pediu a todos os países do Médio Oriente
para que dialoguem com Israel, após deixar claro que a paz e a estabilidade "não podem
ser bombardeadas para depois serem submetidas" às nações. Mas os Não-Alinhados deixaram
clara a sua posição com uma "enérgica condenação à impiedosa agressão israelita contra
o Líbano e as graves violações da integridade territorial e soberania libanesas" por
parte do Estado judaico.