2006-09-17 13:45:10

Antes da recitação do Angelus Bento XVI manifestou-se desolado pelas reacções a um seu discurso em Regensburg, e convidou ao diálogo franco e sincero. Disse que a viagem á Alemanha foi uma forte experiência espiritual, e salientou que a Cruz é simbolo do Amor que vence o ódio e a violência.


A viagem apostólica á Baviera efectuada nos dias passados foi uma forte experiência espiritual na qual se entrelaçaram recordações pessoais, ligadas a lugares muito familiares e a perspectivas pastorais para um anuncio eficaz do Evangelho no nosso tempo. Foi assim que Bento XVI interrompendo várias vexes devido á chuva torrencial que caia sobre os fiéis congregados no pátio do Palácio Apostólico de Castelgandolfo, iniciou o seu discurso antes da recitação do Angelus deste Domingo.
Agradeço a Deus - acrescentou – pelas consolações que me permitiu viver e ao mesmo tempo, estou reconhecido a todos aqueles que trabalharam activamente pelo bom sucesso desta minha visita pastoral. Dela o Papa disse que falará mais difusamente na audiência geral da próxima quarta feira.
Bento XVI quis depois precisar ulteriormente o sentido do seu discurso em Reggensburg manifestando-se profundamente desolado pelas reacções desencadeadas no mundo islâmico por uma breve passagem considerada ofensiva para a sensibilidade dos crentes muçulmanos.
O Papa disse que o trecho não corresponde ao seu pensamento sobre o Islão..Era uma citação de um texto medieval que não exprime de maneira nenhuma o seu pensamento pessoal.
Espero que isto possa placar os espíritos e esclarecer o verdadeiro significado do meu discurso em Regensburg que na sua totalidade era e é um convite ao diálogo franco e sincero no respeito recíproco, acrescentou depois o Papa recordando que o Cardeal Bertone, Secretário de Estado, publicou ontem uma declaração que explica o significado das suas palavras.
Antes da recitação da oração mariana do Angelus, Bento XVI quis deter-se sobre duas recentes festividades litúrgicas : a Exaltação da Santa Cruz e N. Senhora das Dores.
Os cristãos – disse – não exaltam uma cruz qualquer mas aquela Cruz que Jesus santificou com o seu sacrifício, fruto e testemunho de imenso amor. Cristo sobre a Cruz derramou inteiramente o seu sangue para libertar a humanidade da escravidão do pecado e da morte. Portanto, de sinal de maldição, a Cruz foi transformada em sinal de bênção, de símbolo de morte em símbolo por excelência do Amor que vence o ódio e a violência e gera a vida imortal.
A concluir o Papa pediu que renovemos o nosso sim a Deus que escolheu o caminho da Cruz para nos salvar. Trata-se de um grande mistério que prossegue até ao fim do mundo e que pede também a nossa colaboração.








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