Cidade do Vaticano, 13 set (RV) - "Os sinais da morte" foram o tema do seminário
sobre morte clínica, realizado no Vaticano, nos dias 11 e 12 de setembro, reunindo
30 especialistas de todo o mundo. O seminário foi promovido pela Pontifícia Academia
das Ciências, que procurou debater sobre um tema de "grande atualidade, que interpela
a comunidade científica, e não apenas para definir o momento exato da morte".
De
fato, o momento da morte tem implicações, por exemplo, no transplante de órgãos ou
no prolongamento artificial da vida. Essas e outras questões são discutidas há mais
de 20 anos, no âmbito da Pontifícia Academia das Ciência, em razão de suas conseqüências
médicas, teológicas, éticas e jurídicas.
O neurologista, Prof. Paolo Maria
Rossini, explicou à Rádio Vaticano que essas questões "são um elemento da Medicina
moderna, dado que, há 50 anos, não havia o problema de se definir o momento da morte
cerebral, quando, embora o coração continue a bater, o cérebro está morto".
"A
discussão destes dois tentou verificar se, em nível científico internacional, há um
acordo definitivo sobre princípios gerais, a fim de confrontar a visão da ciência
moderna com a da ética moderna" _ afirmou. (MZ)