Profunda religiosidade mas pouca vocação na Arquidiocese de Luanda, salientam as conclusões
do segundo sinodo arquidiocesano
«As pessoas da Arquidiocese são profundamente religiosas e sentem uma grande necessidade
do elemento espiritual. Este pode ser uma resposta ao proliferar de seitas», estimaram
os participantes a este fórum que se realizou durante três dias, tendo encerrado formalmente
domingo último com a eucaristia na Igreja da Nossa senhora do Nazaré, durante a qual
foram divulgadas as conclusões. No entanto, outra conclusão observa que «a vocação
à vida consagrada na arquidiocese tem uma expressão muito débil em termos vocacionais,
isto é, nos candidatos natos em Luanda. Isto acontece mesmo contando com a presença
grande de consagrados e consagradas de muitas obras e serviços que prestam à arquidiocese».
Os participantes acharam contudo que «as comunidades de consagrados e consagradas
recentes em Luanda manifestam um bom índice da satisfação vocacional e de serviço
evangélico e apostólico». A sessão sinodal reteve a distinção da vida consagrada
nos três grupos fundamentais tal como enunciados à a partida: a vocação laical, a
ministerial e a consagrada. Aceitou contudo que se acrescentasse as «vocações da humanidade
como, por exemplo, o chamamento à vida para desenvolver uma profissão, a ter um sentido
humanitário e de voluntariado, etc.» Constatou na vida pastoral, em termos do género,
a predominância masculina e salientou o papel especial das Irmãs consagradas «na consolidação
da evangelização da Arquidiocese e no serviço aos homens e aos grupos humanos mais
carenciados e marginalizados ou excluídos da Sociedade». «Em geral, existe uma
boa visibilidade e imagens dos consagrados, baseados nas diferentes experiências que
o Povo vai fazendo», acharam ainda os participantes. Abordando o tema bicudo da
autoridade a sustentabilidade do clero, frisaram que «cada ministério tem suas funções
específicas e que fiéis leigos e as comunidades cristãs têm o dever de velar pela
qualidade de vida dos seus ministros.» Enfim, o sínodo concluiu que «seria necessário
reforçar a comunicação e o diálogo entre as Congregações e a Arquidiocese.» (Apostolado)