2006-09-06 18:48:15

DOM MARCHETTO PEDE NOVA ORDEM MUNDIAL MEDIANTE A "GLOBALIZAÇÃO DA SOLIDARIEDADE"


Cidade do Vaticano, 05 set (RV) - O secretário do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes, Dom Agostino Marchetto, dirigiu um apelo a "todas as pessoas de boa vontade e, em particular, à comunidade internacional" em favor de uma nova ordem mundial que "distribua de forma igualitária os bens deste mundo e promova integralmente as pessoas".

O apelo foi lançado durante a mesa redonda "Globalizar a solidariedade", por ocasião do Encontro inter-religioso que se realiza em Assis.

Em seu pronunciamento, Dom Marchetto destacou que "a globalização hoje é mais caracterizada por fatores econômicos do que guiada por projetos políticos, sociais ou culturais, onde a dimensão humanística é frequentemente esquecida e mortificada". Este fator faz aumentar a diferença entre países ricos e pobres e entre ricos e pobres dentro do mesmo país. Para se contrapor a essa situação de "nova escravidão", se deveria incrementar a "globalização da solidariedade".

A globalização da solidariedade consistiria em incrementar todas as iniciativas que tutelam a dignidade de cada pessoa humana. Iniciativas voltadas para o bem comum universal. Muitas delas estão enumeradas na Instrução Pastoral do organismo vaticano para os migrantes _ "Erga migrantes caritas Christi".

Segundo Dom Marchetto, "se no progresso de desenvolvimento mundial fossem priorizados o bem comum e a solidariedade, o respeito aos outros e à pessoa humana integralmente considerada, através de instituições democráticas, de participação e de controle social, então a globalização dos mercados financeiros, o crescimento industrial e produtivo, a evolução da ciência e da técnica com a utilização da biotecnologia, e o uso de novas metodologias de informação e comunicação poderiam garantir a toda a humanidade, oportunidades inéditas de desenvolvimento, na justiça, na liberdade e em um contexto de paz."

Esse cenário seria possível "se, com a economia, conseguíssemos globalizar também os deveres da solidariedade e lançar as condições para uma verdadeira participação e para uma convicta compartilha dos bens e valores, seja materiais que espirituais". (JK)







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