2006-09-02 16:36:56

As ambições nucleares do Irão: potências tentam prolongar a diplomacia


Responsáveis russos e europeus fizeram ontem declarações que mostram ser pouco provável a aprovação de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU particularmente dura em relação às ambições nucleares do Irão. Nesta fase, em vez do isolamento, Teerão ainda pode contar com a diplomacia.



Segundo a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), o Irão não cumpriu a resolução 1696 do Conselho de Segurança da ONU. Num relatório divulgado quinta feira afirma-se que o regime iraniano continua com as suas actividades de enriquecimento de urânio.



A posição oficial da Rússia é a de "lamentar" o facto, mas o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov, aproveitou um discurso no início do ano lectivo na Universidade de Moscovo para dizer "que não é correcto do ponto de vista do direito internacional e do bom senso isolar certos países". Na sua opinião, será melhor procurar "o diálogo", em vez da "via do isolamento e das sanções".



Por seu turno, a União Europeia parece querer evitar atitudes irreflectidas. Em Lappeeranta, na Finlândia, Javier Solana afirmou que "não era razoável" avançar com sanções contra o Irão "durante o período das discussões". Mas o Alto Representante da UE para a Política Externa acrescentou que o Irão não dispõe de um período de tempo indefinido. Solana deverá encontrar-se com o principal negociador iraniano, Ali Larijani, dentro de dias.



No fundo, os europeus, estão a testar a possibilidade de iniciarem o que classificam de "verdadeiras negociações" com os iranianos.



Entretanto, o mercado do petróleo mantém-se calmo, pois os operadores não acreditam em sanções duras ou num agravamento súbito da crise nuclear iraniana.








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