Construção da Europa marcada pela herança de São Bento
A herança de São Bento marcou a construção europeia: a convicção é manifestada pelo
Arcebispo Aldo Giordano, secretário-geral do Conselho das Conferências Episcopais
da Europa (CEE), ao falar sobre o pai dos Beneditinos e as raízes cristãs da Europa.
Este responsável participa num curso para estudantes de teologia, no Mosteiro
de Subiaco (Roma), subordinado ao tema “São Bento, o monaquismo e as raízes cristãs
da Europa”. Falando à Rádio Vaticano, D. Aldo Giordano considera que “há uma semelhança
entre aquilo que vivia Bento e a situação de hoje”, marcadas por grandes mudanças
dos povos. “São Bento intuiu que, naquele momento, era oportuno criar locais em
que, acima de tudo, se procurasse o sentido da vida, se fosse ao centro da pessoa
e ao valor da pessoa humana”, indicou. Depois do contributo que o monaquismo beneditino
deu à evangelização e à unificação da Europa, a Igreja Católica é hoje desafiada a
encontrar novas formas de dar o seu contributo na vida do Velho Continente. O presidente
do CCEE considera que “a contribuição de fundo é a formação de pessoas que vivam verdadeiramente
o Evangelho”. Os três dias de estudo, iniciados no passado dia 28, contam com
diversas intervenções e momentos de reflexão sobre os vários aspectos da obra beneditina.
O evento conclui-se, precisamente, com uma intervenção de D. Aldo Giordano, intitulada
“O papel da Igreja e dos cristãos no futuro da Europa”. O assunto em discussão
é particularmente caro a Bento XVI, o qual, cerca de 20 dias antes de ser eleito,
se tinha deslocado ao Mosteiro de Subiaco, para proferir uma conferência sobre a “Europa
na crise das culturas”.