2006-08-30 17:49:33

Combate ao tráfico de crianças insuficiente: denuncia um estudo da UNICEF sobre medidas europeias


O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização Não Governamental “Terres des hommes” denunciam, num relatório ontem publicado o aumento do tráfico de crianças no sudeste da Europa, apontando o dedo aos “esforços pouco sistemáticos adoptados actualmente” na área da prevenção deste flagelo.
“No sudeste da Europa as crianças são traficadas porque os esforços de prevenção são muito pequenos e chegam muito tarde”, declarou Maria Calivis, directora regional da Unicef para Europa Central e de Leste e a Comunidade de Estados Independentes,
A representante do Unicef diferenciou dois grupos mais vulnerávies: por um lado, meninas com menos de 18 anos, que se prostituem; e por outro, um grupo misto de menores com idades entre 8 e 13 anos, que são forçados a tentar obter dinheiro com práticas como a mendicância.
O vice-presidente da Terre des hommes, Christian Hafner, reconheceu que as acções legais e os trabalhos de resgate de menores contribuem de forma vital para o combate dessas práticas, mas admitiu que “são insuficientes para travá-las”.
O documento revela que as campanhas de sensibilização são com frequência desajustadas, vagas e não sistemáticas.

Uma das conclusões do estudo é que o tráfico de crianças só pode ser combatido se forem enfrentadas as causas de raiz do problema e os padrões de oferta e procura que regem esse ciclo. "Pobreza, maus tratos, exclusão, marginalização - conhecemos as causas, quem são as crianças vulneráveis, de onde vêm", disse Maria Calivis, da Unicef.



O relatório intitulado "Agir para Prevenir o Tráfico de Crianças no Sudeste da Europa - uma Avaliação Preliminar", apela à criação de sistemas e serviços harmonizados, sincronizados e sólidos - tanto internos como transfronteiriços - para proteger as crianças.

O relatório analisa diferentes estratégias e iniciativas para prevenir o tráfico de crianças naquela região e inclui os testemunhos de crianças na Albânia, Moldova, Roménia e província do Kosovo sob administração das Nações Unidas, onde foi realizada a pesquisa.








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