BISPOS MEXICANOS PREOCUPADOS COM ATOS DE VIOLÊNCIA E INTOLERÂNCIA NO PAÍS
Cidade do México, 22 ago (RV) - Aumentam os atos de violência e de intolerância
no México, enquanto se aguarda a divulgação, por parte do Tribunal Federal, dos resultados
finais das eleições presidenciais realizadas em 2 de julho.
No último domingo,
um grupo de militantes do Partido da Revolução Democrática (PRD) que apóia o candidato
Lopez Obrador, causou grande confusão na catedral de Cidade do México, ao tentar interromper
a missa dominical celebrada pelo primaz mexicano, cardeal Norberto Rivera Carrera,
arcebispo da capital mexicana.
Os manifestantes levavam cartazes com os dizeres
"Voto por voto, urna por urna", em referência ao pedido de uma nova contagem dos 42
milhões de votos das eleições presidenciais.
A presidência da Conferência Episcopal
Mexicana divulgou um comunicado, no qual condena "este e outros gestos dirigidos contra
os católicos no México". Na nota denuncia-se também, o uso indiscriminado da imagem
da Virem de Guadalupe em manifestações políticas. Recentemente, simpatizantes da coalizão
"Pelo bem de todos", do candidato presidencial Andrés Manuel López Obrador, realizaram
uma passeata, na qual ostentavam cartazes que mostravam a Virgem de Guadalupe votando
em López Obrador.
Há poucos dias, após graves atos de violência no qual perderam
a vida um juiz e um jornalista, a Igreja mexicana exortou todos, a que "trabalhem
em favor da promoção dos direitos humanos fundamentais e inalienáveis, pois o bem
comum consiste principalmente na defesa dois direitos e dos deveres de cada pessoa".
Por
outro lado, a incerteza dos resultados das eleições para governador causa tensões
no estado mexicano de Chiapas, onde o candidato Juan Sabines, do Partido Democrático
Revolucionário tem uma leve vantagem sobre o candidato José Antonio Aguilar do Partido
Revolucionário Institucional.
Na localidade de Oaxaca, capital do estado com
o mesmo nome, localizada 530 km ao sul de Cidade do México, um comitê de cidadãos
pediu ao Presidente Vicente Fox e ao Parlamento, para que intervenham na resolução
dos violentos conflitos entre facções políticas rivais. (JK)