2006-08-19 14:10:53

ONU: dificuldades na constituição da FINUL reforçada


Apesar das promessas de alguns países, a ONU não conseguirá destacar para o Sul do Líbano, nos próximos dez dias, conforme foi anunciado, um contingente de 3500 capacetes azuis, que seriam a "vanguarda" da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FINUL) reforçada.

O secretário-geral adjunto da ONU, Mark Malloch Brown, dirigiu ontem um pedido urgente à Europa, para que "disponibilize tropas para esta primeira vaga". Sublinhando que as ofertas mais significativas foram apresentadas por Bangladesh, Indonésia, Malásia e Nepal, o secretário-geral adjunto das Nações Unidas classificou também como "muito boa" a oferta avançada pela Itália, mas salientou que este país, à semelhança de outros (da União Europeia), não envia as tropas até obter certezas sobre a missão da FINUL reforçada.

Recorda-se que esta força - autorizada pela Resolução 1701 do Conselho de Segurança (redigida pela França e pelos Estados Unidos da América) - era suposto ter por espinha dorsal a própria França (que detém actualmente o comando da FINUL) mas, há dois dias, este país passou a sustentar que "a França não deseja ter nesta força um papel mais importante do que qualquer outro membro da ONU". Para os especialistas em questões do Médio Oriente, o xadrez está a revelar -se problemático nesta trégua entre Israel e os combatentes xiitas do Hezbollah libanês.

Para a ONU, a França é considerada como "país-barómetro", que terá um "efeito de bola de neve" nas decisões dos outros países. A Bélgica, o Egipto, a Espanha, a Índia, Marrocos, a Noruega e a Nova Zelândia também já se afirmaram prontos a participar, mas pediram tempo para analisar as regras e os compromissos da FINUL. A Dinamarca, o Reino Unido e a Suécia comprometeram-se a disponibilizar navios e aviões. Quanto aos Estados Unidos da América, propuseram apoio logístico.








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