2006-08-16 13:53:10

Cardeal Roger Etchegaray em missão de paz ao Libano com apelos á unidade e á solidariedade entre cristãos e muçulmanos


O Cardeal Roger Etchegaray, enviado especial do Papa ao Líbano, concluiu esta manhã a sua missão de paz neste país com apelos “à unidade e à solidariedade” entre cristãos e muçulmanos.
O presidente emérito do Conselho Pontifício Justiça e Paz manifestou, em conferência de imprensa, a “proximidade de Bento XVI com os sofrimentos de todos os libaneses”. O Cardeal Etchegaray defendeu ainda a necessidade de respeitar o cessar-fogo e de parar com qualquer acção violenta.
Da visita de três dias ao Líbano, o destaque vai para a celebração eucarística pela paz, que ontem teve lugar na basílica de Nossa Senhora do Líbano, em Harissa, na qual participaram todos os Patriarcas e Bispos do país, juntamente com 6 mil fiéis. Em Nazaré, na Basílica da Anunciação, os católicos israelitas juntavam-se a esta celebração pela paz.
Na homilia, o enviado do Papa repetiu as suas condenações “contra toda a violência que causou tantos mortos, sobretudo entre a população civil”, e afirmou a necessidade de respeitar todos os responsáveis no Líbano. Este responsável insistiu na necessidade de reconciliação entre Israel e o Hezbollah, frisando que o verdadeiro caminho para a paz "é mais espiritual do que político".
"Nenhuma paz estabelecida por um acordo se poderá sustentar se não for acompanhada com a paz do coração", disse.
D. Etchegaray também se referiu ao conflito entre Israel e a Palestina, assinalando que este “é um desses dramas para os quais, se não for encontrada rapidamente uma solução justa, não se chegará a nenhuma parte".
Antes de finalizar, o Cardeal Etchegaray pediu ao Líbano que "continue fiel à sua vocação de favorecer a coexistência cultural e religiosa".
O enviado do Papa lamentou que 30% das vítimas mortais desta guerra tivessem menos de 12 anos, convidando todos a renunciar a um “clima de ódio”, compreendendo que “só o perdão pode conduzir à reconciliação”.
O Cardeal Roger Etchegaray, reconhecido como o homem de confiança dos últimos Papas para as missões diplomáticas mais difíceis, já estivera no Líbano há 21 anos, altura em que disse, como ontem: “Líbano, tu não morrerás”.
Durante a sua permanência no país, o enviado de Bento XVI encontrou-se com os líderes católicos e muçulmanos do Líbano, o presidente do parlamento Nabih Berri, o primeiro-ministro Fouad Sinora e o presidente Emile Lahoud.








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