Que no Médio Oriente prevaleça a paz sobre a violência e a força das armas, foram
os votos formulados pelo Papa em Castelgandolfo antes da recitação do Angelus. Bento
XVI falou também das férias como tempo a dedicar á cultura, á religião e ás pessoas
sozinhas.
Votos que após a resolução da ONU, no Médio Oriente finalmente prevaleça a paz sobre
a violência e a força das armas foram formulados por Bento XVI antes do Angelus do
meio dia recitado neste domingo com os fiéis congregados no pátio interno do Palácio
pontifício de Castelgandolfo. Estes explicou - são os bons votos de todos. “os
últimos desenvolvimentos fazem esperar que cessem os recontros e que pronto e eficazmente
seja assegurada a assistência humanitária ás populações. Por isso rezamos com insistente
confiança a Maria, sempre pronta, da Gloria celeste, na qual depois de amanhã a contemplaremos
na sua Assunção ao Céu, a interceder pelos seus filhos e a socorrer as suas necessidades.”
Precisamente nestes dias o Papa enviou o Cardeal Roger Etchegaray ao Líbano, onde
celebrará a Missa da Assunção de Nossa Senhora, juntamente com o Pariarca maronita
Sfeir, enquanto que o Núncio Apostólico António Franco celebrará em Nazaré com o Patriarca
Sabbah. Uma decisão tomada pelo Papa para manifestar a própria proximidade e solidariedade
ás populações atingidas pela guerra. “O clima de férias não nos faz esquecer
o actual grave conflito no Médio Oriente”- disse neste domingo Bento XVI.
As férias não sejam apenas um período de simples distracção e divertimento. Esta a
solicitação do Papa que antes da recitação do Angelus convidou os fiéis a dedicarem
as férias também á cultura, á meditação, á proximidade com as pessoas sozinhas, como
é o caso dos idosos.
"As férias são uma preciosa oportunidade para passar mais
tempo com os parentes e para encontrar amigos. É o momento para dar mais espaço a
esses contactos humanos, que o ritmo das obrigações diárias dificulta", disse.
Ao
dispor de mais tempo livre, a pessoa pode dedicar-se "com maior comodidade ao contacto
com Deus e à meditação das Escrituras". “Quem experimenta este repouso do espírito
sabe quanto é útil. As férias não podem ser reduzidas a uma simples distracção", afirmou
o Papa.
Bento XVI lembrou a importância da participação na celebração eucarística
dos Domingos, que "ajuda a sentir-se parte viva da comunidade eclesial, ainda que
fora da própria paróquia". "Onde quer que estejamos, necessitamos sempre da Eucaristia",
frisou.
O Papa lembrou ainda aqueles que não podem gozar de um tempo de férias,
especialmente os que estão sós, e "que neste período sofrem ainda mais com a solidão".
“Penso
de modo especial em que está sozinho, nos idosos e doentes que, nesta época, sofrem
ainda mais a solidão. A estes nossos irmãos e irmãs quero manifestar a minha proximidade
espiritual desejando, de todo o coração, que não falte a nenhum deles o apoio e conforto
dos amigos", apontou. Não faltou também neste domingo uma saudação em língua portuguesa.
Dirijo agora uma
saudação cordial aos peregrinos de língua portuguesa, que porventura aqui se encontrem,
desejando que a vinda a Roma fortaleça a vossa fé e vos cumule de paz e de alegria
em Cristo. A Santíssima Virgem guie maternalmente os vossos passos. Acompanho estes
votos com a minha Bênção Apostólica.