DIANTE DO MAL QUE ATORMENTA O MUNDO, PAPA CONVIDA CRISTÃOS A SEREM TESTEMUNHAS DE
ESPERANÇA
Castel Gandolfo, 11 ago (RV) - Ver o que está acontecendo no mundo, à luz da
fé. Num momento difícil para a humanidade, "diante do estender-se de situações de
injustiça e de violência que continuam oprimindo diversas zonas da terra", o Papa,
em seu magistério diário, continua convidando os cristãos a anunciarem o Evangelho
da Cruz que salva, a serem testemunhas do amor que vence o mal com o bem.
"Não
estamos à mercê de forças obscuras… Deus não permanece indiferente diante da história
humana, antes, quer realizar conosco e por nós um desígnio de harmonia e de paz. Toda
a humanidade é convocada a colaborar para a concretização desse plano, a dar sua adesão
à divina vontade salvífica" _ disse Bento XVI, na Audiência Geral de 1º de fevereiro
último.
Na santa missa de inauguração de seu pontificado, em 24 de abril de
2005, o Santo Padre dizia: "Quantas vezes, nós gostaríamos que Deus se mostrasse mais
forte. Que ele atingisse duramente, derrotasse o mal e criasse um mundo melhor. Todas
as ideologias do poder se justificam assim, justificando a destruição daquilo que
se oporia ao progresso e à libertação da humanidade. Nós sofremos com a paciência
de Deus. E no entanto, todos nós precisamos de Sua paciência. O Deus, que se tornou
cordeiro, nos diz que o mundo é salvado pelo Crucificado e não pelos que O crucificaram.
O mundo é redimido pela paciência de Deus e destruído pela impaciência dos homens."
Deus
parece silenciar diante do mal. Mas é o homem _ diz o Papa _ que é chamado a um "ímpeto
de coragem e de confiança" para sair "da lama do egoísmo, do medo…, da indiferença
e do oportunismo". Sem "fazer-se juizes de Deus" _ afirmou Bento XVI, em Auschwitz,
no dia 28 de maio passado _ "devemos permanecer com o humilde, mas insistente grito
a Deus: Desperta! Não se esqueça de Sua criatura"."
"Deus está sempre conosco.
Mesmo nas noites mais obscuras da nossa vida, não nos abandona; mesmo nos pontos mais
difíceis da vida, permanece presente. E também na última noite, na última solidão,
na qual ninguém pode acompanhar-nos, na noite da morte, o Senhor não nos abandona,
mas nos acompanha. E, por isso, nós, cristãos, podemos estar confiantes: jamais somos
deixados sozinhos. A bondade de Deus não nos abandona" _ disse Bento XVI, na Audiência
Geral de 14 de dezembro de 2005. (RL)