Portugal entre aqueles que melhor acolheram os imigrantes ucranianos: o responsável
pela pastoral dos ucranismos no exterior está em Portugal onde vai presidir a peregrinação
de 12 e 13 de Agosto a Fátima, e participar na Semana Nacional das Migrações
D. Dionísio Lachovicz, responsável pela Pastoral dos Ucranianos no Exterior, considera
que Portugal foi um dos países que “melhor acolheu” os imigrantes do seu país. Ao
longo dos últimos anos milhares de ucranianos passaram por território português, na
mesma dinâmica que levou mais de 7 milhões de habitantes da Ucrânia a procurar outros
países. O Bispo ucraniano está em Portugal onde irá participar na a 34ª Semana
Nacional das Migrações, promovida pela Comissão Episcopal da Mobilidade Humana, com
o apoio da Obra Católica Portuguesa de Migrações (OCPM) e Capelania Nacional dos Ucranianos
de Rito Oriental. Subordinada ao tema “Migrações: Sinal de Tempos Novos”, a iniciativa
pretende manifestar a atenção da Igreja em relação aos fluxos migratórios que têm
ganho cada vez mais força no nosso país, ao longo dos últimos anos. Os emigrantes
portugueses espalhados pelo mundo e os cerca de 70 mil ucranianos que vivem em Portugal
são as comunidades em maior destaque, nesta 34ª semana. Além de presidir à cerimónia
religiosa em Fátima programada para os dia s 12 e 13, D. Lachovicz terá ao longo da
semana encontros com autoridades políticas, civis e associativas com vista a inteirar-se
pessoalmente do processo de integração e das dificuldades das comunidades ucranianas.
Em declarações à Agência ECCLESIA, D. Lachovicz mostra-se feliz por “ter a oportunidade
de participar nesta semana das migrações”, assegurando que quer aproveitá-la para
divulgar a riqueza espiritual da comunidade ucraniana. Este responsável traz a
saudação do Cardeal Lubomyr Husar à Igreja Católica em Portugal e ao governo do nosso
país, com agradecimentos para o acolhimento que deram aos imigrantes ucranianos. O
próprio D. Dionísio Lachovicz foi o primeiro a celebrar com a comunidade greco-católica
da Ucrânia, no Natal de 2001, na igreja de Alcanena. Os novos imigrantes caracterizam-se
não somente por uma língua diferente, como também por uma cultura específica, indissoluvelmente
ligada à Tradição das Igrejas orientais. “Esta é uma oportunidade de manifestar um
pouco da nossa história, da nossa espiritualidade”, assegura o prelado, que sublinha
“a maneira diferente de expressar a própria fé” dos ritos orientais.
Há poucos
anos atrás o fluxo de imigrantes ucranianos a Portugal não merecia muita atenção.
O número começou a crescer a partir do ano 2000. Hoje, segundo as estimativas
oficiais, o número de ucranianos legais deveria ultrapassar a cifra de 70 mil pessoas,
constituindo-se como o segundo maior grupo de imigrantes, depois dos brasileiros.
No entanto, é difícil dizer a soma exacta de ucranianos presentes em Portugal, que
poderia ultrapassar os 300 mil.