Nova York, 09 ago (RV) - O professor tibetano, Dolma Kyab, na prisão desde
setembro passado e condenado a 10 anos de reclusão, dirigiu um apelo ao Comitê de
Direitos Humanos, da ONU. É o que afirma um comunicado divulgado hoje, pelo grupo
"International Campaing for Tibet".
O grupo afirma que Dolma foi acusado pelas
autoridades chinesas, de ser um espião estrangeiro, após ter visitado Dharamsala,
na Índia, cidade onde vive exilado, o líder religioso e político tibetano, o Dalai
Lama Tenzin Gyatso, Prêmio Nobel da Paz.
Na carta dirigida à ONU e citada no
comunicado, Dolma afirma ter sido condenado por ter escrito o livro "Himalaia sem
paz", cujo texto contém afirmações que não agradaram a Pequim.
Yael Weisz-Rind,
um ativista do grupo, sustenta no comunicado que o slogan das Olimpíadas de Pequim
_ "Um só mundo, um só sonho" _ não é senão "uma grotesca cobertura da repressão, das
detenções arbitrárias e das violações dos direitos humanos em curso no Tibete". O
ativista convida o Comitê Olímpico Internacional a pedir a imediata libertação dos
prisioneiros políticos na China e no Tibete. (JK)