Em Portugal, "comissão nacional justiça e paz" apela ao cessar - fogo no Médio Oriente
As notícias e imagens que nos chegam todos os dias do Líbano e de Israel despertam
as consciências para a necessidade de pôr termo imediato à violência que, nesses territórios,
vai fazendo cada vez mais vítimas, centenas de mortos (em particular civis inocentes),
milhares de feridos, centenas de milhar de refugiados sem perspectivas de futuro.
É esta realidade que, em Portugal, leva a Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP) a
formular um apelo à Paz no Médio Oriente. O texto refere que “a chave para a paz
no Médio Oriente reside no respeito das exigências do Direito e da Justiça” e que
“o recurso à violência (que facilmente degenera em violência cega) não só não conduz
por si à Paz, como se torna verdadeiramente contraproducente na perspectiva dos legítimos
interesses de qualquer das partes envolvidas”. “O reconhecimento do direito inquestionável
à existência soberana destes três povos (Israel, Líbano e Palestina, ndr) é uma condição
‘sine qua non’ e urgente para uma paz duradoura”, acrescenta o documento. Sobre
a actual situação no Líbano, em específico, a CNJP frisa que “merece todo o repúdio
o recurso a actos de agressão, quando são deliberadamente visados alvos civis e se
atingem pessoas alheias ao conflito. E também merece todo o repúdio a colocação deliberada
de estruturas militares no meio de ambientes civis, para destes fazer autênticos “escudos
humanos”. A CNJP considera que, em todo este contexto, a Comunidade Internacional,
os Estados Unidos da América e a União Europeia podem e devem desempenhar um papel
importante. Nesse sentido, “será fundamental que o façam com urgência e promovam um
imediato cessar-fogo, para que sejam evitadas mais mortes e destruições”. “Para
obter uma paz duradoura, importa alargar os horizontes a uma perspectiva de longo
prazo e ter na devida conta outros países com interesses na Região, designadamente
a Síria, o Irão, o Iraque”, pode ler-se. As comunidades cristãs são desafiadas
a desenvolver “formas de solidariedade com as vítimas”, bem como “uma reflexão aprofundada
sobre a situação”, procurando empenhar-se, pelos meios ao seu alcance, na busca de
caminhos de paz. Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx