Não obstante prossigam os ataques de artilharia israelita, no Libano é possivel ainda esta semana um cessar-fogo com a chancela da ONU.

Os raides aéreos israelitas no Líbano estão suspensos desde esta madrugada, mas o ministro israelita da Justiça, Haim Ramon, avisou hoje que o cessar-fogo de 48 horas não significa o fim da guerra contra o movimento xiita Hezbollah. Em Jerusalém, a secretária de Estado norte-americana mostrou-se confiante num cessar-fogo duradouro entre os dois países a assinar ainda esta semana.
Os raides aéreos foram suspensos mas os ataques de artilharia israelita recomeçaram esta manhã sobre aldeias no sul do Líbano, nomeadamente Jebbine e Kafra, ambas a sul de Tiro, bem como nas regiões de Arkub e Rachaya Al-Fakhar, sudeste do território libanês.



A Secretaria de estado norte-americana Condolezza Rice comprometeu-se a procurar o consenso internacional para um cessar-fogo e um "acordo duradouro" para o conflito israelo-libanês através de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, a assinar esta semana. De partida para Washington, depois do Líbano ter suspendido a sua visita a Beirute, Rice disse ainda aos jornalistas que a resolução da ONU deve incluir um cessar-fogo, elementos políticos que digam respeito a temas que têm desencadeado repetidamente combates entre os dois países, além de uma autorização para que uma força internacional ajude a garantir segurança no Líbano.



Há oito dias que a responsável americana está a viajar pelo mundo, sendo esta a segunda paragem no Médio Oriente, em busca de um consenso que ponha fim ao conflito armado que dura há 20 dias na região.



Antes de entrar em vigor o cessar-fogo, às 02h00 locais ,a aviação israelita tinha atacado 60 alvos da milícia xiita, entre eles plataformas de lançamento de mísseis e instalações da organização. O cessar-fogo foi ordenado pelo primeiro-ministro, Ehud Olmert, depois de se ter reunido em Jerusalém com a secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, e na sequência da morte dos 57 civis devido a bombardeamentos israelitas em Qana.