2006-07-27 15:34:49

Balanço da cimeira de Roma na entrevista à Radio Vaticano do arcebispo Giovanni Lajolo, chefe da delegação da Santa Sé na conferência para o Libano.


O Secretário do Vaticano para as relações com os Estados, Arcebispo Giovanni Lajolo, voltou a afirmar que a Santa Sé defende um “final imediato das hostilidades” no Médio Oriente e admitiu que a opinião pública possa ter ficado “desiludida” com os resultados da Cimeira de Roma, que ontem decorreu. A Santa Sé participou, com o estatuto de observador, na reunião que terminou sem uma declaração-conjunta sobre um cessar-fogo no Médio Oriente.
O chefe da diplomacia vaticana referiu, em entrevista concedida á Radio Vaticano que “os problemas na região são vastos e extremamente complexos”, pelo que é preciso começar por resolver aqueles que o podem ser de imediato. Nesse sentido, D. Lajolo defende que é preciso “criar condições para que a trégua não seja violada, mais uma vez” e deixa claro que “essas condições podem e devem ser criadas com outros meios, que não o assassinato de pessoas inocentes”.
Apesar de admitir alguma “desilusão” pelos resultados do encontro de ontem, o Secretário do Vaticano para as relações com os Estados deixa um balanço “claramente positivo” da iniciativa, sublinhando a rapidez com que foi realizada e o facto de se ter centrado “nos temas mais urgentes do momento”. “As expectativas eram grandes, na opinião pública, mas para os que conhecem as dificuldades pode falar-se, ainda assim, em resultados que são aprazíveis”, justifica.
Entre os pontos positivos enumerados pelo Arcebispo Lajolo encontram-se “o pedido de uma força internacional, sob mandato da ONU, para apoiar as forças regulares libanesas em matéria de segurança” e o compromisso em matéria de ajuda humanitária para o povo do Líbano. Este responsável assegura que todos os participantes tinham “consciência da gravidade” da situação e se comprometeram a “manter um contacto contínuo” após o final da cimeira.
Quanto à falta de um apelo conjunto para o cessar-fogo na região, o representante do Vaticano explica que “não foi possível atingir a unanimidade dos participantes, porque alguns países defendiam que esse apelo não surtiria o efeito desejado”.
O Arcebispo Lajolo referiu ainda que o Papa está próximo das populações “vítimas de um conflito a que são alheias” e “reza para que a paz aconteça hoje mesmo e não amanhã”.
“Uma suspensão imediata das hostilidades é possível, portanto, é uma obrigação”, concluiu.








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