INSTITUIÇÕES RELIGIOSAS ACOLHEM REFUGIADOS NO LÍBANO
Beirute, 24 jul (RV) - O conflito no Oriente Médio, que já provocou centenas
de mortos e pelo menos meio milhão de deslocados, desencadeou uma verdadeira crise
humanitária. Está cada vez mais difícil prestar assistência às populações atingidas.
Nesse cenário, muitas instituições religiosas funcionam como um refúgio para quem
já perdeu tudo.
Pe. Elias Aghaei, superior dos Paulinos no Líbano, afirmou
que "há destruição por todo o lado" e assinalou que cerca de quatro mil refugiados,
do sul do país, chegaram à área de Harissa, onde se localiza a casa dos religiosos.
"Damos assistência, mas não temos tudo o que é preciso, em especial medicamentos."
Dezenas
de milhares de habitantes do sul do Líbano optaram por refugiar-se em bairros cristãos.
Nas aldeias cristãs do sul, os conventos e mosteiros continuam abrindo suas portas
para acolher aqueles que escapam dos bombardeios israelenses.
O Alto Comissariado
da ONU para Refugiados expressou, nesta segunda-feira, sua preocupação com as "precárias
condições" dos libaneses que fogem para abrigos nas montanhas.
A casa salesiana
"Dom Bosco", de El Houssoun, na região montanhosa, acolhe neste momento mais de 200
pessoas.
"São muitas as crianças e as mulheres (algumas idosas, duas em estado
de gravidez adiantada e dois homens com problemas cardíacos). Muitas dessas pessoas
estão em estado de choque, pelo terror daquilo que acabaram de viver" _ declarou Pe.
Dany El Hayek, encarregado da casa de El Houssoun. (GZ)