BENTO XVI DESTACA EM VISITA A PARÓQUIA NO VALE DE AOSTA QUE O SENHOR VENCEU A VIOLÊNCIA
COM A CRUZ E COM AMOR ILIMITADO
Les Combes, 24 jul (RV) - A violência do homem tem um limite, ou seja, o amor
de Cristo: foi a mensagem que Bento XVI lançou, com veemência, neste domingo, dia
de oração e penitência pela paz no Oriente Médio.
Foi uma iniciativa do Papa,
com o objetivo de unir, num cordial abraço, os fiéis do mundo inteiro aos povos que
sofrem por causa da guerra.
Após o Angelus, recitado ao meio-dia, em Les Combes,
no Vale d'Aosta, o Papa visitou, à tarde, a paróquia de Rhemes Saint-Georges, a poucos
quilômetros de Les Combes, onde se recolheu em oração.
"Cristo é a nossa paz"
porque, morrendo na Cruz, "superou a inimizade" e "nos uniu todos em sua paz": foi
o que reiterou o Papa, neste momento de dura prova para "povos inocentes, envolvidos
num obstinado conflito".
Comentando a carta de São Paulo aos Efésios, o Pontífice
se fez intérprete do desconforto que se pode ter diante da violência dos homens contra
os próprios irmãos: "Ainda há guerra entre cristãos, muçulmanos, judeus; e existem
outros que fomentam a guerra e tudo continua repleto de inimizade e de violência.
Onde está a eficácia de Seu sacrifício? Onde está, na história, essa paz da qual nos
fala o Seu apóstolo?"
Justamente a reconciliação do Senhor é a resposta, "o
Seu sacrifício não ficou sem eficácia". O Papa ressaltou "a grande realidade da comunhão
da Igreja presente no mundo inteiro". E depois falou das "ilhas de paz no corpo de
Cristo" _ referindo-se ao corpo místico do qual Cristo é o cabeça e nós, os membros.
"O
Senhor venceu na Cruz. Não venceu com um novo império, com uma força mais potente
para destruir os outros; venceu, não de modo humano como nós imaginamos, com um império
mais forte que o outro. Venceu com um amor vivido até à morte. Esse é o novo modo
de vencer de Deus: não opôs à violência outra violência maior. Opôs à violência justamente
o contrário: o amor até à morte, na Sua Cruz." (RL)