Tel Aviv, 22 jul (RV) - O médico brasileiro, Dr. Fábio Zveibil, de 64 anos,
é o responsável pela Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital público de Naharia,
a 10 km da fronteira com o Líbano, e uma das cidades israelenses mais atingidas pelos
foguetes do "Hezbollah". A diferença entre este e os demais hospitais é que neste,
todos os pacientes foram transferidos para o subterrâneo, protegido contra bombas.
Quatro
dos seis andares do prédio principal foram esvaziados. Cerca de 450 pessoas foram
levadas para salões subterrâneos, cercados por paredes com até 60 cm de concreto.
As salas de cirurgia têm vedação total e filtros de ar para o caso de ataques com
armas químicas ou biológicas.
O complexo antibomba ficou pronto há cerca de
dois anos. Foi construído por precaução, já que Naharia era alvo constante de foguetes
nos anos 80.
Do ponto de vista médico, explica o Dr. Zveibil, a rotina
é a mesma. O local tem toda a infra-estrutura necessária, incluindo tubulações de
gases medicinais. Os setores são ligados por túneis, de tamanho suficiente para permitir
a passagem das ambulâncias.
"Temos condições de funcionar assim por tempo indeterminado"
_ diz o brasileiro, formado pela Universidade Federal do Paraná, que mora há 30 anos
em Israel. (GZ)