CARITAS-LÍBANO E CARITAS-JERUSALÉM ATENDEM VÍTIMAS DO CONFLITO
Beirute, 22 jul (RV) - Depois do lançamento de panfletos israelenses, convidando
a população a deixar suas casas, milhares de pessoas estão, desde ontem, de partida
para o norte do Líbano. Os panfletos pedem que os libaneses se desloquem para o norte
do rio Litane.
A população se move por estradas destruídas pelos bombardeios
israelenses, a bordo de meios de transportes improvisados e carros velhos, que ostentam
a bandeira branca da paz.
Os refugiados variam de meio milhão a 700 mil, segundo
agências humanitárias. Eles abandonam suas casas no sul do país, para se proteger
das bombas de Israel. Os civis mortos, até agora, são cerca de 350.
Diante
dessa crise e violência no sul do Líbano, a Caritas local e a Caritas Internationalis
oferecem dispositivos especiais de ajuda às vítimas. A Caritas-Líbano está fornecendo
alimentos, medicamentos, produtos de higiene, leite e produtos infantis a 25 mil pessoas.
Caminhões
com água potável e alimentos estão percorrendo alguns pontos do país, a fim de atender
as vitimas do conflito armado.
"Fazemos o que podemos _ declarou Pe. Louis
Samaha, diretor de Caritas- Líbano _ mas em algumas cidades, as equipes estão totalmente
isoladas, não há comunicação, não podemos entrar nem eles podem sair, porque as estradas
e pontes estão destruídas."
Muitos se refugiaram em colégios, conventos e edifícios
públicos, outros foram acolhidos por amigos e familiares. Pelo menos 18 mil pessoas
cruzaram a fronteira com a Jordânia.
"Um dos problemas que devemos enfrentar
é o aumento desmedido dos preços _ declara Samaha _ o combustível aumentou 50%, alguns
produtos de primeira necessidade não podem ser adquiridos por causas desses aumentos."
Na
Faixa de Gaza, a situação é igualmente grave: "Não temos comida, água potável, luz
elétrica, velas ou medicamentos. Os bombardeios destruíram os geradores elétricos,
de modo que não podemos conservar a comida e as bombas de água não funcionam" _ revela
Pe. Manuel Musallam, pároco de Gaza.
O centro médico da Caritas em Gaza está
atendendo os feridos e os enfermos, mas seu diretor, o Dr. Bandali El-Saigh, declara
que "sem combustível, não há transporte e quem necessita, não pode chegar aqui".
A
Caritas Internationalis lançou um apelo em favor de um cessar-fogo e pediu às partes
em conflito, que adotem as medidas necessárias para se chegar a um acordo de paz estável
e duradouro, que evite a libaneses, palestinos e israelenses novos sofrimentos. (GZ)