2006-07-24 17:09:07

CARITAS-LÍBANO E CARITAS-JERUSALÉM ATENDEM VÍTIMAS DO CONFLITO


Beirute, 22 jul (RV) - Depois do lançamento de panfletos israelenses, convidando a população a deixar suas casas, milhares de pessoas estão, desde ontem, de partida para o norte do Líbano. Os panfletos pedem que os libaneses se desloquem para o norte do rio Litane.

A população se move por estradas destruídas pelos bombardeios israelenses, a bordo de meios de transportes improvisados e carros velhos, que ostentam a bandeira branca da paz.

Os refugiados variam de meio milhão a 700 mil, segundo agências humanitárias. Eles abandonam suas casas no sul do país, para se proteger das bombas de Israel. Os civis mortos, até agora, são cerca de 350.

Diante dessa crise e violência no sul do Líbano, a Caritas local e a Caritas Internationalis oferecem dispositivos especiais de ajuda às vítimas. A Caritas-Líbano está fornecendo alimentos, medicamentos, produtos de higiene, leite e produtos infantis a 25 mil pessoas.

Caminhões com água potável e alimentos estão percorrendo alguns pontos do país, a fim de atender as vitimas do conflito armado.

"Fazemos o que podemos _ declarou Pe. Louis Samaha, diretor de Caritas- Líbano _ mas em algumas cidades, as equipes estão totalmente isoladas, não há comunicação, não podemos entrar nem eles podem sair, porque as estradas e pontes estão destruídas."

Muitos se refugiaram em colégios, conventos e edifícios públicos, outros foram acolhidos por amigos e familiares. Pelo menos 18 mil pessoas cruzaram a fronteira com a Jordânia.

"Um dos problemas que devemos enfrentar é o aumento desmedido dos preços _ declara Samaha _ o combustível aumentou 50%, alguns produtos de primeira necessidade não podem ser adquiridos por causas desses aumentos."

Na Faixa de Gaza, a situação é igualmente grave: "Não temos comida, água potável, luz elétrica, velas ou medicamentos. Os bombardeios destruíram os geradores elétricos, de modo que não podemos conservar a comida e as bombas de água não funcionam" _ revela Pe. Manuel Musallam, pároco de Gaza.

O centro médico da Caritas em Gaza está atendendo os feridos e os enfermos, mas seu diretor, o Dr. Bandali El-Saigh, declara que "sem combustível, não há transporte e quem necessita, não pode chegar aqui".

A Caritas Internationalis lançou um apelo em favor de um cessar-fogo e pediu às partes em conflito, que adotem as medidas necessárias para se chegar a um acordo de paz estável e duradouro, que evite a libaneses, palestinos e israelenses novos sofrimentos. (GZ)







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