2006-07-23 16:38:33

Bento XVI renova apelo a cessar-fogo imediato, sublinha os direitos de libaneses, israelitas e palestinianos e evoca os sofrimentos das populações e as aspirações à paz



Foi em Les Combes (Vale de Aosta, Alpes italianos), onde se encontra em repouso que o Papa tomou a palavra, ao meio-dia deste domingo. Bento XVI recordou que foi “perante o agravar-se da situação no Médio Oriente” que decidiu promover neste domingo “um Dia especial de oração e penitência, convidando os Pastores, os fiéis e todos os crentes a implorarem de Deus o dom da paz”.
"Renovo com vigor o apelo às partes em conflito a um cessar-fogo imediato que permita as ajudas humanitárias - afirmou o Papa. Que, com o apoio da comunidade internacional, se procurem vias para o início de negociações. Aproveito a ocasião para reafirmar o direito dos Libaneses à integridade e soberania do seu país, o direito dos Israelitas a viverem em paz num seu Estado e o direito dos Palestinianos a terem uma Pátria livre e soberana."
Bento XVI declarou-se “particularmente próximo das populações civis, inermes, injustamente atingidas por um conflito de que são apenas vítimas: tanto as da Galileia constrangidas a viver nos refúgios, quer a grande multidão de libaneses que, uma vez mais, vêem o seu país destruído e tiveram que abandonar tudo, procurando refúgio noutro lado”.
Elevo a Deus uma premente oração a que a aspiração à paz da grandíssima maioria das populações se possa concretizar sem mais tardar, graças ao empenho concorde dos responsáveis. Renovo também o meu apelo a todas as organizações caritativas para que façam chegar àquelas populações a expressão concreta da solidariedade comum.
Na parte final da sua alocução, Bento XVI referiu-se a Santa Maria Madalena, ontem recordada pela liturgia da Igreja. “A história de Maria de Magdala – observou – recorda a todos uma verdade fundamental: discípulo de Cristo é quem, na experiência da debilidade humana, teve a humildade de pedir-lhe ajuda, foi por Ele curado e se dispôs a segui-Lo de perto, tornando-se testemunha da potência do seu amor misericordioso, mais forte do que o pecado e a morte".
Neste contexto, o Papa incluiu ainda uma referência improvisada a Santa Brígida, que se celebra neste dia 23 de Julho. “Uma das padroeiras da Europa, que veio da Suécia, viveu em Roma e fez uma peregrinação à Terra Santa, e nos convida assim a ajudar a humanidade inteira a encontrar um grande espaço de paz, precisamente na Terra Santa. E Bento XVI concluiu a sua alocução, antes das Ave Marias, confiando a humanidade à potência do amor de Deus: "À potência do amor divino confio toda a humanidade, ao mesmo tempo que convido a rezar para que as amadas populações do Médio Oriente sejam capazes de abandonar a via do confronto armado para construírem, com a audácia do diálogo, uma paz justa e duradoura. Que Maria, Rainha da paz, reze por nós!"








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